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China reconhece Biden como novo presidente dos EUA e Bolsonaro se isola ainda mais

"Congratulamos Biden e Harris", disse Wang Wenbi, porta-voz do Ministério das Relações Exteriores da China, presidida por Xi Jinping, sobre a chapa de Joe Biden e sua vice, Kamala Harris, vencedora da eleição dos EUA. Iniciativa aprofunda ainda mais o isolamento de Jair Bolsonaro, que prefere uma política externa de submissão e alinhamento automático a Donald Trump

Xi Jinping, Joe Biden, Donald Trump e Jair Bolsonaro (Foto: Reuters)
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247 - A China reconheceu,  nesta sexta-feira (13), a vitória de Joe Biden na eleição presidencial americana. A iniciativa aumenta o isolamento de Jair Bolsonaro, que mantém silêncio acerca do resultado do pleito entre o democrata e o atual chefe da Casa Branca, Donald Trump.

"Respeitamos a escolha do povo americano", afirmou o porta-voz do Ministério das Relações Exteriores da China, Wang Wenbin. "Congratulamos Biden e Harris", acrescentou. A entrevista dele foi publicada pela coluna de Jamil Chade

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Mesmo com o reconhecimento, o governo chinês fez referência ao processo americano e deixou claro que "o resultado será confirmado de acordo com as leis e procedimentos dos EUA".

O candidato do Partido Democrata venceu a eleição por 290 votos no Colégio Eleitoral, contra 217 de Trump, que integra o Partido Republicano. O atual presidente insiste em não reconhecer a derrota e apontou fraudes no pleito. 

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De acordo com a comissão formada pelas autoridades eleitorais, "não há provas de que qualquer sistema de votação tenha eliminado ou perdido votos, alterado os votos, ou que tenha sido de alguma forma comprometido".

Sem provas, Trump disse que 2,7 milhões de votos a seu favor tinham sido "apagados". A declaração não foi comprovada. 

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Segundo uma decisão do tribunal da Pensilvânia, no entanto, as cédulas enviadas pelo correio que chegaram atrasadas devem ser anuladas.

Bolsonaro e China

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O reconhecimento da China sobre o resultado da eleição deve aprofundar ainda mais o isolamento de Jair Bolsonaro, que, demonstrando a submissão do seu governo a Trump, tem feito ataques ao país asiático. No mês passado, por exemplo, ele fez um ataque racista.

"Da China não compraremos (a vacina CoronaVac). Não acredito que ela transmita segurança para a população pela sua origem. Esse é o pensamento nosso", disse.

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Posicionamentos de Bolsonaro sobre o governo chinês pode prejudicar ainda mais a economia. Números oficiais do governo brasileiro apontaram que, entre janeiro e setembro de 2019, o saldo positivo na balança comercial brasileira era de US$ 35 bilhões e US$ 20 bilhões vinham da China. 

No período, o Brasil mantinha um déficit com os EUA (menos de US$ 400 milhões). Em 2020, o déficit do Brasil com os americanos  superou a marca de US$ 3 bilhões. Em 2019 o governo brasileiro exportou US$ 22 bilhões ao governo estadunidense. O valor caiu para apenas US$ 15 bilhões este ano. 

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As estatísticas são bem diferentes na relação com a China. De 2019 para 2020, o Brasil aumentou suas exportações ao mercado asiático, passando de US$ 46 bilhões para US$ 53 bilhões, mesmo com o coronavírus. Em consequência, o saldo positivo do Brasil com os chineses passou de US$ 20 bilhões para quase US$ 29 bilhões. 

A China representava 27% do destino de exportações do Brasil no período entre janeiro e setembro do ano passado, taxa que subiu para um patamar inédito de 33% em 2020.

Em guerra comercial contra o país asiático, Trump tenta desestimular a importação de produtos. A China teve um Produto Interno Bruto (PIB) de US$ 14,7 trilhões em 2019, atrás somente dos EUA (US$ 21,4 trilhões), de acordo com dados do Fundo Monetário Internacional (FMI) compilados pela Fundação Getúlio Vargas (FGV).

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