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China se opõe à libertação de cidadãos canadenses

A China afirmou nesta segunda-feira (24) que se opõe ao pedido do Canadá e dos Estados Unidos de libertação de dois cidadãos canadenses; a resposta de Pequim veio dois dias depois do apelo feito pela ministra das Relações Exteriores do Canadá, Chrystia Freeland, para que aliados apoiassem o país para conseguir a soltura dos cidadãos detidos, segundo ela, "arbitrariamente"

China se opõe à libertação de cidadãos canadenses (Foto: MOHAMAD TOROKMAN)
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RFI - A China afirmou nesta segunda-feira (24) que se opõe ao pedido do Canadá e dos Estados Unidos de libertação de dois cidadãos canadenses. A resposta de Pequim veio dois dias depois do apelo feito pela ministra das Relações Exteriores do Canadá, Chrystia Freeland, para que aliados apoiassem o país para conseguir a soltura dos cidadãos detidos, segundo ela, "arbitrariamente".

"A China expressa uma grande insatisfação e se opõe categoricamente às declarações formuladas pelo Canadá e pelos Estados Unidos", disse a porta-voz do ministério das Relações Exteriores chinês, Hua Chunying, em uma entrevista coletiva. "Fazemos um apelo aos países em questão para que respeitem sinceramente a soberania judicial da China", completou.

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Freeland havia afirmado no sábado (22) que a detenção do ex-diplomata Michael Kovrig e do consultor Michael Spavor, em 10 de dezembro, por atividades "que ameaçam a segurança nacional", de acordo com Pequim, não é um problema puramente canadense, mas que envolve os aliados de Ottawa. Ao mesmo tempo, a ministra considerou o fato um "precedente preocupante" para toda a comunidade internacional.

Washington também pediu a libertação imediata dos dois canadenses, enquanto a Comissão Europeia e a Alemanha expressaram preocupação com o caso. Vários analistas consideram que as detenções podem ser uma tentativa da China de exercer pressão sobre o Canadá, após a prisão, no início do mês, em Vancouver, da diretora financeira do grupo chinês de telecomunicações Huawei, Meng Wanzhou, a pedido da justiça americana.

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Em 12 de dezembro, um juiz de Vancouver ordenou a liberdade sob fiança de Meng, horas depois da confirmação da prisão do ex-diplomata canadense na China.

Segundo Freeland, contudo, nas conversas com os funcionários chineses não houve menção da existência de um vínculo direto entre os dois casos.

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China tem que provar motivos das detenções

O primeiro-ministro canadense, Justin Trudeau, expressou disposição em aceitar a posição da China, mas desde que Pequim demonstre que a detenção dos cidadãos canadenses no país asiático não foi arbitrária.

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As declarações foram feitas em entrevista à Global TV exibida no domingo (23), mas haviam sido gravadas na quarta-feira (19), dois dias antes de as autoridades canadenses elevarem o tom para exigir a "libertação imediata" dos dois canadenses.

"Vamos acreditar em sua palavra", disse Trudeau, ao afirmar que o Canadá respeita um Estado de direito sem interferências políticas e que a China diz fazer o mesmo. "Vamos dizer-lhes: 'Está bem, vocês prenderam estas pessoas'. Vamos acreditar no que dizem, que é um caso independente de qualquer outro”, completou o primeiro-ministro. “Compartilhem conosco a evidência, nos expliquem porque o estão fazendo, nos deem acesso consular completo. Sigamos as regras da lei", finalizou Trudeau.

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