CIA teria organizado vacinação para capturar Bin Laden

247 – A edição desta terça-feira do jornal britânico The Guardian causou polêmica ao publicar uma matéria acusando representantes da Agência Central de Inteligência Americana (CIA) de terem promovido falsas campanhas de saúde no Paquistão. Segundo a reportagem do jornal, o médico paquistanês Shakil Afridi foi contratado para simular um mutirão contra poliomielite, cujo principal objetivo era localizar o DNA do terrorista líder da Al-Queda, Osama Bin Laden. O médico paquistanês foi preso após o fim do esquema, supostamente montado pela CIA.

A tensa relação entre Paquistão e Estados Unidos agravou-se após a morte de Bin Laden, no dia 2 de maio. O terrorista foi localizado por uma operação da marinha americana em uma mansão na cidade paquistanesa de Abbottabad, onde morava desde 2001, a menos de um quilômetro da principal academia militar do país.

Segundo a matéria, a falsa campanha era parte dos preparativos americanos para capturar o líder da Al-Queda. O plano inicial era coletar amostras de sangue de crianças da região, que seriam comparadas com o sangue de uma irmã do terrorista. O jornal afirma que a operação não teve sucesso e teria sido derrubada após as primeiras suspeitas de ilegalidade. Para parecer verdadeira, a campanha teve início em regiões pobres da cidade.

Um profissional da saúde do país teria aplicado vacinas contra pólio inclusive dentro da mansão do terrorista. O enfermeiro foi preso logo após a operação militar que matou Bin Laden. Três esposas do terrorista e diversas crianças foram capturadas após a operação de saúde. As mulheres são acusadas de fornecerem informações sigilosas sobre a organização da Al-Queda. Atualmente acredita-se que teriam fornecido informações vitais sobre as atividades do grupo terrorista, tornando-se as maiores testemunhas da ação que o matou.