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Colóquio na França condena o golpe no Brasil

A iniciativa foi da senadora Laurence Cohen, do departamento Val-de-Marne, que é presidente do grupo inter-parlamentar Amizade França-Brasil; os senadores franceses prestaram total solidariedade à presidente Dilma Rousseff e disseram que não existe nada que justifique sua destituição, nem no plano jurídico e nem contábil

A iniciativa foi da senadora Laurence Cohen, do departamento Val-de-Marne, que é presidente do grupo inter-parlamentar Amizade França-Brasil; os senadores franceses prestaram total solidariedade à presidente Dilma Rousseff e disseram que não existe nada que justifique sua destituição, nem no plano jurídico e nem contábil (Foto: Leonardo Attuch)
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Por Marilza de Melo Foucher, especial para o 247

Na sexta-feira, 1 de julho, foi organizado no senado francês o colóquio sobre o Golpe de Estado no Brasil: Que solidariedades com os povos d’América latina. A iniciativa foi da senadora Laurence Cohen, do departamento Val-de-Marne, que é presidente do grupo inter-parlamentar Amizade França-Brasil. O colóquio foi realizado em parceria com o coletivo de Solidariedade France-Brasil, “Os amigos do movimento sem terra”, o Núcleo do PT de Paris, a Associação Autres Brésils e o Movimento Democrático 18 de março.

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O auditório Monnerville do senado estava praticamente lotado e a presença dos três grupos importantes do Senado é demonstrativo que a destituição da Presidente Dilma despertou uma grande indignação e que o Senado Francês repudia o golpe. O colóquio contou com a presença do grupo Comunista, Republicano e Cidadão representado pela senadora Laurence Cohen, o grupo ecologista representado por Christine Blandin e o grupo socialista na presença do senador da Guiana Antoine Karan.  

Os senadores franceses prestaram total solidariedade à Presidente Dilma Rousseff e disseram que não existe nada que justifique a destituição da Presidente Rousseff, nem no plano jurídico e nem contábil. Todos reafirmaram que a Presidente Dilma é uma mulher honesta, e, que em nenhuma ocasião interferiu no andamento das investigações, deixando total liberdade no funcionamento da justiça brasileira.  Os três representantes denunciaram com firmeza o golpe institucional contra a jovem democracia no Brasil e repudiaram o governo provisório Temer. Um governo segundo eles que em nada representa a diversidade do povo brasileiro. Para os Senadores o governo Temer representa o retrocesso das políticas inclusivas, é misógino e representa uma ameaça os direitos adquiridos. Os três senadores estão determinados em solicitar que o governo francês não reconheça o governo provisório de senhor Temer. Eles assumiram a iniciativa de elaborar uma carta coletiva formado por uma frente de apoio parlamentar, movimentos sociais, sindicatos e outras associações francesas em solidariedade com a democracia no Brasil.

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Em seguida houve a fala de Joao Paulo Rodrigues, dirigente nacional do MST e membro da frente popular convidado especial vindo do Brasil que expôs sobre antes, durante e depois do golpe e como hoje se organiza a mobilização popular. De modo preciso deixou clara a necessidade de renovação da esquerda brasileira. Uma esquerda que surge nos anos 80 e se burocratiza e se desgasta pelos 12 anos de poder. Hoje a frente popular avalia esta situação, todavia, todos estão unidos para defender a democracia, mesmo reconhecendo que o governo de Dilma teve muitas falhas, ela foi eleita democraticamente e o que esta em jogo é a tomada de poder e a destruição de muitas conquistas.   Enfatiza a urgência de repensar um novo projeto para o Brasil e reconstruir uma nova maioria na sociedade brasileira. 

A terceira mesa foi composta de dois intelectuais franceses, uma politóloga do Instituto de Altos estudos da América Latina (Sorbonne) Janette Habel, a historiadora Maud Chirio e pela participação de uma figura da resistência brasileira à ditadura Bernadette Entatrice do núcleo do PT que explicou detalhadamente o golpe institucional e a exigência do retorno à normalidade democrática e o respeito dos princípios constitucionais que possam garantir a continuidade do mandato da presidente Dilma. O colóquio foi encerrado pelo economista Gus Massiah, membro do Conselho Cientifico de Attac e do Conselho Internacional do Fórum Social Mundial.

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As análises foram bastante pertinentes tendo em vista o grande conhecimento que todos detinham da situação socio-econômica-politica e histórica do Brasil que deram a este colóquio uma dimensão de alto nível e proporcionaram um intercâmbio rico em seguida com o auditório.

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