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Com Bolsonaro no comando, Mercosul aos pés de Trump

Um Mercosul que olha para o norte, longe do sonho da Pátria Grande e orientado hoje sob o comando do ultradireitista brasileiro Jair Bolsonaro, vai agora à procura de mais tratados de livre comércio e por uma aliança ''com menos ideologias''.

Passagem da presidência pro tempore do Mercosul para o Brasil. (Foto: Alan Santos/PR)
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Prensa Latina - Um Mercosul que olha para o norte, longe do sonho da Pátria Grande e orientado hoje sob o comando do ultradireista brasileiro Jair Bolsonaro, vai agora à procura de mais tratados de livre comércio e por uma aliança ''com menos ideologias''.  

'Queremos que cada país seja autônomo, democrático e que cada um seja grande. Como está dizendo (Donald) Trump 'queremos uma América grande', assim se referiu Bolsonaro sobre este Mercosul depois de assinalar que aposta em trabalhar no comércio mundial 'sem travas ideológicas'.  

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Com um marcado giro para os Estados Unidos e uma visão pró-mercado, Bolsonaro assumiu na quarta-feira das mãos de seu par argentino Mauricio Macri o martelo que credita essa nação como presidente pró-témpore do bloco pelos próximos seis meses com o acento em expandir as fronteiras comerciais.  

Os ecos do acordo com a União Européia, celebrado com pompa por Macri, ressoaram na 54ª Cúpula que teve como sede a Estação Belgrano na cidade de Santa Fé, Argentina. Este foi um dos temas da agenda da reunião, que apostou em abrir ainda mais as fronteiras.  

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O objetivo agora será conseguir outros tratados com o EFTA - integrado por Suíça, Islândia, Noruega e Liechtenstein, além do Canadá -, mirando também a Ásia e a busca por mais tratados de livre comércio com os Estados Unidos.  

Alguns analistas questionam quanto perde e quais são as desvantagens deste convênio frente aos poderosos países da Europa, e sobretudo como beneficiará desmedidamente os europeus e aprofundará a dependência econômica dos países da Amrica do Sul.   

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Isto é 'um sinal de que este é um bloco aberto, competitivo e dinâmico, comprometido com a integração e o comércio', considerou Macri durante a sessão plenária da cúpula de líderes, na qual participaram também na condição de estados associados os presidentes da Bolívia, Evo Morales, e do Chile, Sebastián Piñera.  

Enquanto o mandatário paraguaio Mario Abdo Benítez confiou em que o convênio com a UE abre oportunidades e citou como exemplo o imposto zero dos produtos do Mercosul, Bolsonaro manifestou que ajudará a modernizar as economias, estimular o crescimento e gerar postos de trabalho.  

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Por sua vez, o presidente Evo Morales, cujo país está em processo de adesão ao Mercosul, insistiu que cada tratado ou convênio deve estar dirigido a atender as necessidades dos mais humildes, os mais pobres e esquecidos.  

Para além das saudações ao acordo com a União Europeia, os líderes do bloco coincidiram em fortalecer o Mercado Comum do Sul com os laços atuais por diante, adaptando-o aos novos desafios.  

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Além das várias declarações conjuntas assinadas, foi firmado também o tratado no interior do bloco para eliminar para seus países fundadores (Argentina, Brasil, Paraguai e Uruguai), a cobrança do roaming, um benefício direto para seus cidadãos.  

A Venezuela uma vez mais esteve ausente por estar suspensa por 'tempo indefinido' desde 2017 depois de uma Reunião Extraordinária à qual este país não teve acesso, quando estava no exercício do cargo, impedido de terminar seu mandato sob o argumento de descumprir o Protocolo de Adesão.  

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Como era de se esperar, Macri e Bolsonaro não perderam a oportunidade para atacar a Venezuela  e voltaram a legitimar como única autoridade o autoproclamado presidente interno Juan Guaidó, visão que compartilha com outros de seus pares do Mercosul. Ao final emitiram uma declaração conjunta a respeito, que não foi assinada pela Bolívia.

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