Começa hoje em Cuba a Cúpula do G77+China
Como parte da agenda, espera-se que os participantes continuem com as reivindicações históricas do Grupo, especialmente em relação à nova ordem econômica internacional
Prensa Latina - Com a participação de mais de uma centena de delegações dos Estados membros do bloco e dirigentes de organismos internacionais, a Cúpula do G77+China se inicia nesta sexta-feira (15). O encontro promoverá debates de alto nível sobre os temas políticos e econômicos mais urgentes para as nações em desenvolvimento.
Como parte da agenda, espera-se que os participantes continuem com as reivindicações históricas do Grupo, especialmente em relação à nova ordem econômica internacional, à reforma da arquitetura financeira mundial, à rejeição das medidas coercitivas unilaterais, às situações de concentração de riqueza e ao peso da dívida externa.
De acordo com o embaixador cubano, Pedro Luis Pedroso, representante especial para coordenar a presidência do bloco, a Cúpula deverá contribuir para fortalecer a voz do G77 e da China nos atuais processos intergovernamentais no âmbito das Nações Unidas, em particular a Cúpula dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável e a Cúpula do Futuro, nas quais será elaborado e acordado o chamado Pacto Global Digital.
Ele assegurou que o encontro será um espaço no qual os países em desenvolvimento renovarão seu compromisso com o multilateralismo e com a cooperação internacional genuína e desinteressada como fundamento essencial das relações entre Estados.
O ministro das Relações Exteriores, Bruno Rodríguez, informou recentemente à imprensa que o projeto de declaração final do evento é fiel aos propósitos e princípios do grupo, atento às necessidades dos países em desenvolvimento e firmemente alinhado com a reivindicação do direito ao desenvolvimento em meio a uma ordem internacional cada vez mais excludente e injusta.
Ele adiantou que o texto também propõe a declaração de um dia internacional da ciência, tecnologia e inovação no Sul.
De acordo com o programa, o evento, que acontecerá nesta sexta-feira e sábado, constará de uma sessão inaugural, seguida do debate geral ou plenário no qual intervirão os chefes de Estado e de Governo, representantes das delegações e funcionários de organismos internacionais.
Durante a abertura do encontro, o presidente cubano, Miguel Díaz-Canel, e o secretário-geral da ONU, António Guterres, farão pronunciamentos.
Desde sua adesão em 1971, a nação caribenha tem desempenhado um papel ativo no G77 e China, principalmente na promoção da cooperação Sul-Sul como meio para o desenvolvimento equitativo entre os países.
Cuba assumiu a presidência pro tempore do agrupamento em janeiro último, sendo a primeira vez que o país caribenho lidera esse mecanismo.
O G77 e China é o grupo de concertação mais diverso na esfera multilateral, com 134 estados membros que representam dois terços da membresia da Organização das Nações Unidas e 80% da população mundial.