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Coreia do Norte condena declaração de Guterres chamando ações de Pyongyang de "provocativas"

Chefe da ONU "ignorou as perigosas ações militares dos EUA e da Coreia do Sul", diz Pyongyang

Antonio Guterres (Foto: Fórum Econômico Mundial/Boris Baldinger)

MOSCOU, 22 de fevereiro (Sputnik) - O vice-ministro das Relações Exteriores da Coreia do Norte para Órgãos Internacionais, Kim Son Gyong, condenou na quarta-feira a declaração do secretário-geral da ONU, Antonio Guterres, na qual instou Pyongyang a se abster de "ações provocativas" na península coreana em meio a recentes lançamentos de mísseis.

Na segunda-feira, o porta-voz do secretário-geral da ONU, Stephane Dujarric, disse que Guterres condenou os recentes lançamentos de mísseis da Coreia do Norte e pediu a Pyongyang que cesse "ações provocativas".

"Expresso forte descontentamento e protesto contra a atitude extremamente injusta e desequilibrada do secretário-geral da ONU, que ignorou as perigosas ações militares dos EUA e da Coreia do Sul, mas classificou o legítimo exercício do direito de autodefesa da RPDC contra os provocadores como ' provocação' e 'ameaça'", disse Kim Son Gyong em um comunicado, conforme citado pela estatal Agência Central de Notícias da Coreia (KCNA).

O funcionário acrescentou que a Coreia do Norte repetidamente aconselhou Guterres a permanecer fiel ao seu dever e manter a justiça, bem como a imparcialidade em relação à questão da península coreana.

"O secretário-geral da ONU deve entender claramente que sua posição irracional e preconceituosa na questão da península coreana está agindo como um fator que incita os atos hostis dos EUA e seus seguidores contra a RPDC", acrescentou Kim Sung Kyung.

No fim de semana, a Coreia do Norte lançou um míssil balístico intercontinental Hwasong-15. Na segunda-feira, Pyongyang também testou dois mísseis balísticos de curto alcance em direção ao Japão em seu segundo teste de armas em três dias. Na quarta-feira, Estados Unidos, Japão e Coreia do Sul realizaram exercícios de defesa contra mísseis balísticos no Mar do Japão em resposta aos recentes lançamentos de mísseis pela Coreia do Norte.

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