Coroa espanhola fez negócio suspeito no Brasil
Investigao sobre Iaki Urdangarin, genro do rei Juan Carlos, revela projeto no Brasil; ele tambm conselheiro da Telefnica noPas e se tornou o piv de uma crise relacionada s finanas da realeza espanhola
247 – Com a Espanha mergulhada numa profunda crise econômica, que atinge seus cidadãos e seus bancos, nem a família real escapou. Recentemente, pela primeira vez na história, a família do rei Juan Carlos foi obrigada a abrir suas despesas, revelando que gastou US$ 11 milhões em 2011.
No entanto, o personagem principal da crise que atinge a família real é Iñaki Urdangarin, genro do rei e duque de Palma. Num país onde a taxa de desemprego supera 21%, Urdangarin vinha mantendo uma vida nababesca graças aos patrocínios privados que recolhia para sua fundação, o Instituto Noos.
Agora, de acordo com reportagem do jornal El Pais, publicada neste domingo, a crise respinga também no Brasil. Embora tenha recebido ordem expressa do rei para não se envolver mais em negócios privados, Iñaki atuou internacionalmente por meio da empresa Aizoon, cuja propriedade é compartilhada com a princesa Cristina, filha do rei Juan Carlos. E um dos principais focos da Aizoon era justamente o Brasil.
Aqui, Urdangarin é conselheiro da Telefônica, empresa espanhola que controla a Vivo e também domina a telefonia fixa em São Paulo. De acordo com documentos apreendidos na investigação sobre o Instituto Noos, Urdangarin trata de um “projeto no Brasil” em 2009 – três anos depois da ordem expressa do rei para que não se envolvesse em negócios privados.
O caso, que na Espanha foi batizado como Palma Arena, trata de favores intercedidos por Urdangarin e há a suspeita de que ele receberia propinas para alavancar negócios de grandes grupos espanhóis. Em vários documentos, aparece a anotação “I.U.”, que segundo os promotores espanhóis, trata de dinheiro dado a Iñaki Urdangarin.
A mensagem que trata do projeto no Brasil é de 28 de janeiro de 2009 e fala de remunerações fixas e variáveis aos parceiros do genro do rei. O Instituto Noos, que era dirigido por Iñaki Urdangarin, recolheu patrocínios milionários dos grandes grupos espanhóis.
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