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Correa sugere soluções para o caso Assange

Para o presidente do Equador, basta a Suécia dar garantias de que o jornalista não será extraditado posteriormente para outro país

Correa sugere soluções para o caso Assange (Foto: STRINGER)
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Opera Mundi - O presidente do Equador, Rafael Correa, propôs nesta terça-feira 3, em Lima, uma saída para solucionar o impasse diplomático com o Reino Unido por causa do fundador do site Wikileaks, Julian Assange. As informações são da agencia de noticias France Presse.

Para o líder equatoriano, basta uma garantia da Suécia, que exige a presença do australiano no país para responder a um proceso por crimes sexuais, de não extraditá-lo futuramente para os Estados Unidos, onde teme-se que ele seja condenado por espionagem, emrazão das denuncias relveladas por seu site.

"A saída para o impasse diplomático por causa do senhor Assange é que lhe deem garantias de que, se for para a Suécia, ele não será extraditado para os Estados Unidos", disse o chefe de Estado equatoriano, que participa da III Cúpula de Chefes de Estado e de Governo da Aspa (América do Sul e Países Árabes).

Correa destacou que o governo sueco deve garantir um julgamento justo "porque existe um risco para o senhor Assange, caso seja extraditado para os Estados Unidos, onde há senadores que querem acusá-lo pela lei contra o terrorismo, que inclui a pena de morte", afirmou em declarações à emissora RPP.

"Então o que dissemos é que lhe deem as garantias de que não será extraditado a um país terceiro", acrescentou.

Assange está desde 19 de junho na embaixada equatoriana em Londres e, em 16 de agosto, recebeu asilo do governo equatoriano. O país sul-americano quer que o governo británico, que iria extraditá-lo para a Suécia, conceda um salvoconduto para que o australiano de 41 anos possa deixar a representação diplomática. Londres não aceita as condições.

Correa também sugeriu outras alternativas para resolver o impasse de Assange: "interrogatório de um promotor sueco na própria sede da embaixada do Equador em Londres, o que é perfeitamente factível; ou salvoconduto do Reino Unido para que ele possa deixar a embaixada do Equador e transferir-se ao país que o aceitar".

O chanceler equatoriano, Ricardo Patiño, afirmou ao jornal oficial El Peruano que seu país responderá no decorrer desta semana à negativa formal dada pelo Reino Unido ao pedido de salvoconduto para o diretor do Wikileaks.

"Diplomaticamente é como um avanço, embora nos tenham dito não (ao salvoconduto) porque já expuseram seus argumentos a respeito. Isto nos permite apresentar os nossos e, nesta semana, vamos responder ao Reino Unido", disse Patiño.

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