Criação de Estado palestino independente é "única solução ao conflito", diz enviado da China

247 - O Enviado Especial da China para Assuntos do Oriente Médio, Zhai Jun, emitiu uma declaração enfática na quarta-feira, destacando que a criação de um Estado Palestino independente é a única solução para o conflito entre Palestina e Israel, informa a Sputnik. As palavras de Zhai Jun ecoam em um momento em que a região enfrenta uma escalada de violência e tensões que ameaçam se espalhar para além das fronteiras.

Em uma conversa telefônica com o Primeiro Vice-Ministro das Relações Exteriores da Palestina, Zhai afirmou que "a saída do círculo vicioso e a pacificação do conflito palestino-israelense consistem em retornar ao plano de Dois Estados para Dois Povos, retomar as negociações de paz, criar um Estado Palestino independente e alcançar uma coexistência pacífica entre Palestina e Israel". Essa declaração se alinha com a postura de longa data da China em relação à questão palestina.

Além das palavras de Zhai Jun, um editorial do Global Times enfatizou a complexidade e a inevitabilidade do conflito israelense-palestino. O editorial aponta que, embora a recente escalada de violência tenha parecido repentina, suas raízes estão profundamente entrelaçadas em questões históricas não resolvidas. O editorial argumenta que os esforços internacionais pela paz não foram suficientemente fortes para abordar o problema palestino, que foi ignorado por países ocidentais com influência na região.

A interferência externa, especialmente dos Estados Unidos e de outros países ocidentais, tem sido uma das principais razões pelas quais o conflito persiste e o ódio se intensifica. A rápida tomada de partido por parte dos EUA e outros países ocidentais apenas exacerbou a situação, levando a mais derramamento de sangue e conflitos na região. A prioridade imediata, conforme destacado pelo editorial, é instar ambas as partes a cessar o fogo para evitar mais desastres humanitários.

O editorial também aponta que as condições econômicas precárias em Gaza são resultado direto do prolongado bloqueio e das operações militares de Israel. Essa situação destaca a ineficácia de buscar segurança absoluta sob o pretexto da paz e chama a atenção para a necessidade de uma mudança na estratégia dos EUA para o Oriente Médio.