Crise financeira na ONU congela contratações, fecha escritórios e reduz programas
Pressão financeira obriga Organização das Nações Unidas a tomar medidas drásticas para garantir operações cruciais em 2024
247 - A Organização das Nações Unidas (ONU) enfrenta uma crise financeira que desencadeou congelamento de contratações, encerramento de escritórios e cortes substanciais em programas,destaca a jornalista Jamil Chade, do Uol. A severa situação, agravada por demandas crescentes e dificuldades de arrecadação, coloca a entidade em alerta para um ano desafiador.
As tensões decorrem das crescentes necessidades globais, incluindo guerras, crises humanitárias e um influxo sem precedentes de refugiados. Enquanto a ONU é crucial nessas áreas, a instituição enfrenta pressões financeiras acentuadas, agravadas pela dívida persistente dos EUA.
A carta interna enviada aos departamentos ressalta a precária situação financeira. Chandramouli Ramanathan, controlador e secretário-geral adjunto para Planejamento, Finanças e Orçamento de Programas, alertou sobre a exaustão das reservas de liquidez.
Ainda de acordo com a reportagem, o cenário crítico resultou no congelamento de contratações desde julho e redução de gastos, visando evitar interrupções nos pagamentos. No entanto, as projeções para 2024 indicam um déficit de caixa significativo, intensificando as restrições de contratação e cortes orçamentários.
A crise afeta diretamente a operacionalidade da ONU. O fechamento temporário da sede em Genebra, prolongado para conservar recursos, reflete a necessidade urgente de enfrentar a crise. A economia de energia tornou-se prioridade, com medidas como desligamento de escadas rolantes e redução da iluminação.
O controle rigoroso de despesas é uma resposta à escassez de contribuições dos Estados Membros, com os EUA liderando em cotas não pagas, seguidos pela China. O impacto se estende às Operações de Manutenção da Paz, onde a falta de pagamentos pode afetar o reembolso de países contribuintes.
A incerteza financeira ameaça a capacidade da ONU de atender mais de 200 milhões de pessoas que dependem de assistência internacional para sobreviver.