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Crise grega joga Europa em águas não exploradas

O grande projeto da Europa de unir as suas nações de forma inquebrável por intermédio de uma moeda comum navega em águas não exploradas depois que os governos da União Europeia (UE) recusaram recursos para salvar a Grécia do calote da sua dívida; ministros financeiros dos outros 18 países da zona do euro fizeram coro sobre a permanência da Grécia no bloco, mas manifestaram irritação com a decisão do governo grego de esquerda de rejeitar a oferta final dos credores e convocar um referendo

O grande projeto da Europa de unir as suas nações de forma inquebrável por intermédio de uma moeda comum navega em águas não exploradas depois que os governos da União Europeia (UE) recusaram recursos para salvar a Grécia do calote da sua dívida; ministros financeiros dos outros 18 países da zona do euro fizeram coro sobre a permanência da Grécia no bloco, mas manifestaram irritação com a decisão do governo grego de esquerda de rejeitar a oferta final dos credores e convocar um referendo (Foto: Leonardo Attuch)
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BRUXELAS (Reuters) - O grande projeto da Europa de unir as suas nações de forma inquebrável por intermédio de uma moeda comum navega em águas não exploradas depois que os governos da União Europeia (UE) recusaram recursos para salvar a Grécia do calote da sua dívida.

Ministros financeiros dos outros 18 países da zona do euro fizeram coro sobre a permanência da Grécia no bloco, mas manifestaram irritação com a decisão do governo grego de esquerda de rejeitar a oferta final dos credores e convocar um referendo. Algumas autoridades falaram privadamente em expulsar Atenas.

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“Eles estavam jogando pôquer”, disse o ministro das Finanças da Áustria, Hans Joerg Schelling, depois que o Eurogrupo que administra a moeda comum se reuniu no sábado sem os gregos para discutir como limitar os danos. “Mas no pôquer, você pode sempre perder.”

Depois de cinco meses de negociações com um governo grego eleito para encerrar a dor das medidas de austeridade, líderes da UE deixaram a reunião de cúpula em Bruxelas na sexta-feira acreditando que um acordo estava próximo. 

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No entanto, o primeiro-ministro Alexis Tsipras provocou consternação ao retornar à Grécia e convocar um referendo para o próximo domingo sobre a oferta de acordo, pedindo que os gregos a rejeitassem.

Não pela primeira vez, autoridades da UE afirmaram que os negociadores gregos foram pegos de surpresa pelas notícias de Atenas. “Eles ouviram sobre o referendo no Twitter”, disse uma fonte.

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“Tsipras bagunçou tudo”, declarou uma autoridade da zona do euro. “Fizemos tudo que era possível. Eles preferiram acabar com tudo quando estávamos tão perto de acordar isso.”

Em meio ao drama político na Grécia, onde uma maioria clara quer permanecer no bloco, os próximos dias apresentam um grande desafio para a integridade do bloco de 16 anos, responsabilizado por muitos pelo grande desemprego em países fora da Alemanha e seus vizinhos nos ricos norte e oeste europeus.

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“Precisamos fazer tudo que pudermos para lutar contra qualquer possível ameaça de contágio”, afirmou o ministro das Finanças alemão, Wolfgang Schaeuble, depois de uma reunião em que o grupo pediu controle de capitais para isolar a hemorragia de recursos dos bancos gregos.

Os ministros afirmaram que o Banco Central Europeu deve usar os seus poderes para estabilizar os mercados.

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“Você tem que contar que a Grécia vai ter problemas graves nos próximos dias por causa dessa decisão”, disse Schaeuble.

Ele e outros enfatizaram sua confiança nos mecanismos de estabilidade adotados depois que o ceticismo de investidores empurrou a zona do euro até um ponto de quebra na última crise global. 

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Ecoando o seu colega francês, Michel Sapin, Schaeuble insistiu que “a Grécia permanece como integrante da zona do euro e a Grécia permanece parte da Europa”.

Há, no entanto, divergência, certamente em tom, entre Berlim e Paris. Sapin insistiu que se discutisse pelo menos o pedido grego por uma extensão, mas Schaeuble e outros perderam a paciência, segundo fontes.

Sapin disse que ainda estava pronto para negociar, uma visão repetida neste domingo em Paris pelo primeiro-ministro Manuel Valls.

(Por Alastair Macdonald)

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