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    Crise? Que crise?

    Restaurantes lotados em Madri comprovam: osbons ventos econmicos esto voltando Espanha

    Roberta Namour, da Espanha - 20h da noite de uma quinta-feira em Madri. Nos termômetros, a marca dos 30 graus. Nas ruas, calçadas abarrotadas de mesas completas dos bares e restaurantes que esborrifam água de tempos em tempos para refrescar os clientes. As rebajas (liquidação) já começaram nas lojas. Difícil encontrar espaço entre os corredores para aproveitar as barganhas. Na porta dos hotéis, o aviso de « Completo ». Nos próximos cinco dias a cidade receberá milhões de gays do mundo todo que vieram prestigiar a parada do orgulho GLS.

    Na Puertal del Sol, quase não há mais vestígios do movimento M-15. Dos jovens revolucionários que acamparam por dias e dias no local em protesto contra o governo e a crise econômica só restaram as barracas de papelão – hoje ocupadas por bêbados e drogados.

    Por volta da 1 hora da manhã, uma massa de turistas e locais saem na tradicional « marcha » da madrugada – um entra e sai de bar em bar que vara a madrugada. Todas as casas estão lotadas. Para respirar, melhor se acomodar nas praças ao ar livre. Sentados no chão, basta esticar o braço para alcançar uma cervaje fria a 1 euro de um dos « chinos » – chineses que dominaram o mercado negro de cerveja nas ruas capital espanhola. A noite só termina quando o sol aparece. No dia seguinte – e no outro e no outro…, o ritual recomeça, talvez não na mesma ordem, mas com a mesma intensidade.

    A 450 quilômetros dali, na cidade litorânea de Santander, a areia da praia está forrada de gente. O verão europeu já chegou, mas o mar continua congelante. Nada que impeça os espanhóis de se aventurarem num mergulho. Os restaurantes a beira-mar formam fila de espera - assim como os taxis que depositam os clientes na porta do cassino. Nessa época, a diária dos hotéis não custa menos de 90 euros. Mas isso não parece incomodar a centena de hóspedes que se aglomera em cima do farto buffet de café da manhã oferecido pela casa.

    Quem passa atualmente pela Espanha não sente nem de longe o cheiro de recessão. Por mais que os números mostrem o contrário – o país ainda está na berlinda dos que podem pedir ajuda ao FMI, o calor trouxe de volta a esperança para o comércio local. De fato alguns flanelinhas no farol e pedintes no metrô podem aparecer as vezes nesse cenário. Mas ao que parece, o pior já passou.

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