Cúpula da União Euroasiática impulsiona comércio apesar de sanções

Prensa Latina - O crescimento do volume comercial da União Econômica Euroasiática (UEEA) é um exemplo de eficácia diante do cerco de sanções, afirmou na quarta-feira o presidente russo, Vladimir Putin.

"A União Euroasiática demonstrou sua eficácia diante de novos desafios, incluindo aqueles associados às políticas de sanções aplicadas por alguns países e ao desmantelamento de muitos fundamentos básicos do comércio internacional", destacou Putin na cúpula da UEEA.

Ele ressaltou que, durante os 10 anos de trabalho, as barreiras comerciais foram flexibilizadas com eficácia e a estabilidade da região foi mantida em meio à crise econômica global.

Putin destacou o desenvolvimento de um transporte com maior conexão, principalmente marítima e terrestre, através do corredor da Sibéria.  "Observamos como promover a cooperação e o apoio à alternativa chinesa, uma Faixa e uma Rota", acrescentou.

Por sua vez, o primeiro-ministro da Armênia, Nikol Pashinián, chamou a atenção para a necessidade de dinamizar as trocas de produtos com o uso de assinaturas e código QR, "o que proporcionará segurança e controle às atividades comerciais", explicou.

Enquanto isso, o presidente de Belarus, Alexander Lukashenko, destacou a possibilidade de ampliar os contatos empresariais com países da América Latina e da África. "Essas regiões despertaram do neocolonialismo, se tornaram independentes de suas antigas metrópoles e buscam maior soberania".

Putin informou também sobre o aumento do Produto Interno Bruto total dos países da UEEA de 1,6 trilhão de dólares para 2,5 trilhões de dólares.

A presidência da união passou da Rússia para a Armênia em 1º de janeiro deste ano, e a presente reunião é presidida pelo presidente Nikol Pashinian.

A UEEA é uma associação econômica de integração internacional que opera desde 1º de janeiro de 2015. Seus participantes são Rússia, Armênia, Bielorrússia, Cazaquistão e Quirguistão.

O presidente cubano, Miguel Díaz-Canel Bermúdez, participa na condição de país observador.