D. Odilo: Conclave não é corrida política
Cardeal brasileiro e um dos favoritos para suceder o papa emérito Bento 16 pediu aos fiéis que confiem na igreja e citou "tempo difícil"; conclave está marcado para a manhã desta terça-feira (13h30 em Brasília)

247 – Apontado como um dos cardeais favoritos para suceder o papa emérito Bento 16, o brasileiro Odilo Scherer, 63, rebateu ontem especulações sobre o conclave.
"Não se trata de uma corrida política, não se trata de campanha. Trata-se realmente de entrar num clima de oração e acolhida para aquilo que Deus quer que seja para a sua igreja", afirmou após celebrar sua última missa em Roma antes das votações secretas.
"A gente pede que todos se unam a nós [cardeais] em oração pelo conclave, pela escolha daquele que será o sucessor de Pedro", acrescentou.
Na cerimônia, pediu em italiano que os fiéis confiem na igreja e citou um "tempo difícil", sem citar os escândalos que atingiram o Vaticano durante o pontificado de Bento 16.
Leia ainda o noticiário da Agência Brasil sobre a preparação do conclave:
Renata Giraldi
Enviada Especial ao Vaticano – Na véspera, hoje (11), do início do conclave (quando será eleito o papa), os cardeais se reúnem para o último encontro preliminar no Vaticano. Contadas as reuniões que ocorreram duas vezes ao dia, esta será a décima. Os 158 cardeais, incluindo os 115 que votarão na eleição do sucessor do papa emérito Bento XVI, comparecerão ao encontro que ocorrerá apenas de manhã. A expectativa é que sejam definidos os últimos detalhes para a assembleia de amanhã (12).
A reunião de hoje está marcada para começar às 9h30 (13h30 em Brasília) e deverá terminar por volta do meio-dia (16h de Brasília), quando o porta-voz do Vaticano, padre Federico Lombardi, concederá entrevista. Em geral, nessas reuniões os cardeais discutem questões filosóficas e práticas da Igreja Católica Apostólica Romana.
O tema, porém, que tem predominado em todos os encontros é o perfil do sucessor de Bento XVI. Sem fornecer detalhes, Lombardi reitera que, guiados pelo Espírito Santo, os cardeais elegerão aquele que manterá a Igreja unida. Nas missas celebradas ontem (10), cardeais e padres citaram a Parábola do Filho Pródigo – aquele que é perdoado pelo pai após esbanjar os bens de família – para ressaltar a importância do perdão e da reconciliação.
Cotado para ser eleito papa, o arcebispo de São Paulo, dom Odilo Pedro Scherer, de 63 anos, celebrou missa de quase uma hora e meia. Nela, ele mencionou as palavras “perdão”, “reconciliação” e “conciliação” várias vezes. Dom Odilo lembrou que a Páscoa é o tempo de reconciliar e pediu reflexão a todos.
“Não basta só o perdão individual, é preciso pensar na humanidade, no perdão interior. É o perdão completo para se restituir a dignidade”, disse dom Odilo, ressaltando que a eleição do papa tem provocado grande interesse pela Igreja Católica Apostólica Romana
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