CONTINUA APÓS O ANÚNCIO
Mundo

'Decidi deixar a Ucrânia após governo criminalizar imprensa', diz jornalista da Folha

O jornalista André Liohn, correspondente do UOL e da Folha de São Paulo na Ucrânia, decidiu deixar o país após cinco semanas

(Foto: REUTERS/Alexander Ermochenko)
CONTINUA APÓS O ANÚNCIO

✅ Receba as notícias do Brasil 247 e da TV 247 no canal do Brasil 247 e na comunidade 247 no WhatsApp.

Sputnik - O jornalista André Liohn, correspondente do UOL e da Folha de São Paulo na Ucrânia, decidiu ontem (27) deixar o país após cinco semanas.

Entre as razões para que ele tenha deixado a Ucrânia, Liohn citou atos de censura por parte de forças policiais, além da criminalização de jornalistas pelo governo ucraniano.

CONTINUA APÓS O ANÚNCIO

Ao portal UOL, ele relatou a sua saída por meio da fronteira da Polônia em um furgão com gatos. Ele conta que foi obrigado a permanecer por quase uma hora em um posto de comando controlado por soldados do Exército ucraniano.

Segundo ele, neste momento, um guarda ucraniano o ameaçou, caso não entregasse o seu telefone celular. "Eu, um jornalista italiano e nosso motorista ucraniano entregamos, então, os nossos celulares", revelou.

CONTINUA APÓS O ANÚNCIO

Ontem (27), Vladimir Zelensky decretou uma lei marcial que prevê até 12 anos de prisão para jornalistas que mencionem em seus artigos informações que possam, segundo o governo ucraniano, ser usadas pela Rússia.

Entre os pontos previstos na lei, jornalistas não podem mencionar locais, datas e outros dados específicos sobre eventos sem que autoridades da Ucrânia tenham antes autorizado a publicação.

CONTINUA APÓS O ANÚNCIO

Ele ainda conta que fotógrafos "foram levados contra a vontade para uma delegacia e mantidos lá até que seus empregadores, neste caso, a revista de um grande jornal norte-americano, conseguisse entrar em contato com autoridades locais provando a identidade dos fotógrafos".

"Um fotógrafo polonês foi severamente agredido por policiais no centro de Kiev em plena luz do dia e praticamente à vista de todos no local. Após apresentar sua credencial, ele ainda foi acusado de falsificar sua identidade, agredido fisicamente e exposto a violência moral", disse o brasileiro.

CONTINUA APÓS O ANÚNCIO

Desde o início da operação especial militar da Rússia, em 24 de fevereiro, "um jornalista foi morto por semana, em média, na Ucrânia. A responsabilidade por essas mortes recaiu sobre as tropas russas, mas sabemos que a chance de que esses profissionais tenham sido mortos por ucranianos, e não por russos, é muito grande", concluiu.

Assine o 247, apoie por Pix, inscreva-se na TV 247, no canal Cortes 247 e assista: 

CONTINUA APÓS O ANÚNCIO

iBest: 247 é o melhor canal de política do Brasil no voto popular

Assine o 247,apoie por Pix,inscreva-se na TV 247, no canal Cortes 247 e assista:

CONTINUA APÓS O ANÚNCIO

Cortes 247

CONTINUA APÓS O ANÚNCIO
CONTINUA APÓS O ANÚNCIO