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Dilma critica visão minúscula de Serra

"Relações Externas: O grande ganho do Brasil foi ter uma política afirmativa em relação à política externa (...) Nós fomos capazes de refazer as nossas relações com a América Latina e com o Caribe. Nós fomos capazes de construir uma relação com a África e dar à África a importância que a África tem. E não é só uma questão comercial, a questão comercial também nós conseguimos muita coisa. A África terá cada vez mais importância. Não perceber isso e ter uma visão de fechar embaixada é ter uma visão absolutamente minúscula da política externa”, afirmou a presidente Dilma Rousseff, em entrevista a Luis Nassif, sobre as ações do chanceler José Serra, no governo interino de Temer 

"Relações Externas: O grande ganho do Brasil foi ter uma política afirmativa em relação à política externa (...) Nós fomos capazes de refazer as nossas relações com a América Latina e com o Caribe. Nós fomos capazes de construir uma relação com a África e dar à África a importância que a África tem. E não é só uma questão comercial, a questão comercial também nós conseguimos muita coisa. A África terá cada vez mais importância. Não perceber isso e ter uma visão de fechar embaixada é ter uma visão absolutamente minúscula da política externa”, afirmou a presidente Dilma Rousseff, em entrevista a Luis Nassif, sobre as ações do chanceler José Serra, no governo interino de Temer  (Foto: Roberta Namour)

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247 – A presidente Dilma Rousseff criticou as ações do chanceler José Serra no governo interino de Michel Temer. Após criticar chefes de Estado da América Latina, contrários ao golpe no Brasil, de contestar a Unasul e o Mercosul, o tucano também arranjou briga com a OMC.

"Relações Externas: O grande ganho do Brasil foi ter uma política afirmativa em relação à política externa (...) Nós fomos capazes de refazer as nossas relações com a América Latina e com o Caribe. Nós fomos capazes de construir uma relação com a África e dar à África a importância que a África tem. E não é só uma questão comercial, a questão comercial também nós conseguimos muita coisa. A África terá cada vez mais importância. Não perceber isso e ter uma visão de fechar embaixada é ter uma visão absolutamente minúscula da política externa”, afirmou Dilma Rousseff, em entrevista a Luis Nassif.

“Agora, gravíssimo é tentar criar qualquer tipo de viés ideológico em relação aos BRICS. Os BRICS e o G-20. É uma construção desse período pós-crise de 2008. Que cria instituições que vão olhar o multilateralismo, que vão construir relações mais sólidas entre os países; que permite um nível de diálogo muito mais consistente”, acrescentou.

Segundo ela, entrar naquele discurso de que os BRICS não têm importância que tiveram é de uma cegueira, em termos de geopolítica, fantástica.

Leia outros trechos:

“Por que é que nós fomos votados quando quisemos? Por que que elegemos um brasileiro na OMC? E falar que a OMC não tem importância, aí, é miopia tendendo à cegueira! Miopia é uma coisa. Cegueira é gravíssimo! Outra coisa: não perceber a importância da representação do Graziano na FAO; a importância de termos saído do mapa da fome.

(...) O Brasil tem seu valor também se ocupar os quase 500 milhões de consumidores desse lado de cá do oceano. Ele tem de aparecer como tal. E isso se faz tecendo relações de amizade, que não precisam de ser com parceiros ideológicos. O que nós conseguimos na Unasul é que convivessem as diferentes tendências ideológicas (...).

Não se pode ter essa atitude de julgar um país. Diplomacia não é isso! E diplomacia é, sim, relações econômicas. Como é que nós conseguimos abrir a Rússia, a China, os EUA para a carne brasileira? Como é que nós conseguimos um conjunto de acordos de investimento com vários países? E menosprezar o Mercosul é algo fantástico! Menosprezar a conquista da Unasul é outro...da Celac.

Ninguém respeita quem não é respeitado pelos seus vizinhos e ninguém respeita quem não percebe que seu papel não pode ser ad referendum a ninguém. Nós temos e tivemos ótimas relações com os Estados Unidos. Eu sei o que é NSA (...).

Eu acho que se cria relações respeitosas quando você tem uma ação diplomática, extremamente respeitosa... Não dá pra sair por aí xingando a OCDE. Nós divergimos da OCDE em vários momentos (...), mas tivemos uma relação respeitosa. Fomos lá, debatemos, avaliamos. Se a pessoa discordar, ela tem de fazer isso e não xingar!

E, daí, você tem esse lamentável episódio de falar para os diplomatas o que é que eles têm de falar contra o golpe. Vão levar vaia! Vamos ser vaiados no mundo!”.”

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