Dilma e a espionagem da NSA
Alguém imagina como Washington reagiria caso fosse comprovado que seu presidente havia sido deliberadamente espionado? Difícil
Ficam cada vez mais constrangedores os escândalos de espionagem praticados pelos EUA. A bola da vez é a presidente Dilma Rousseff.
A diplomacia brasileira levantou o tom contra a Casa Branca após a divulgação pelo "Fantástico" do esquema feito pela Agência de Segurança Nacional (NSA, em inglês) e que pode ter grampeado conversas de Dilma. Isso é ato de criminoso.
O ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, falou que se as denúncias forem confirmadas, nossa chefe pode cancelar o encontro que tem agendado com Obama em outubro. Em tempo: a visita de Estado (a mais alta na escala diplomática) que Dilma tem para fazer é a única programada pelo governo americano neste ano. Vejam como estamos importantes.
Voltando aos grampos, auxiliares de Dilma também disseram que a presidente pode levar a questão para os fóruns internacionais e o assunto ser um dos abordados pela brasileira na Assembleia-Geral da ONU, que começa no próximo dia 17 em Nova York.
Alguém imagina como Washington reagiria caso fosse comprovado que seu presidente havia sido deliberadamente espionado? Difícil.
Como este PLANETA POLÍTICA publicou anteriormente, quem acompanha o noticiário internacional sabe que os serviços de Inteligência são bastante atuantes (no caso brasileiro, sofrível). No entanto, os tentáculos nervosos da NSA são novidade.
O governo do Brasil exigiu, por escrito, uma excelente explicação dos colegas americanos para esclarecer o episódio. Caso isso não aconteça, já poderemos ver que tipo de diplomacia o Itamaraty deve ter com o novo chanceler Luiz Alberto Figueiredo. Dizem que ele é bem mais "durão" que antecessor e "low profile" Patriota, hoje representando o Brasil na ONU.
Pelo Planeta*
- Obama não quer ficar sozinho com o abacaxi da Síria nas mãos. No sábado, seu discurso foi claro: já tem o plano de ataque, mas quer dividir as responsabilidades com o Congresso. E se o Parlamento não aprovar a "viagem"? Pelos comentários das lideranças dos partidos, é quase impossível que a Casa Branca não mande alguns mísseis ao país devastado.
- Barack diz que seu objetivo não é derrubar Assad, mas minar suas forças. O ditador pode muito bem cair. Quem vai sentar na cadeira presidencial? A oposição da Al-Qaeda financiada vergonhosamente pela Arábia Saudita? A questão é bem mais "profunda" do que muitos pensam.
* Seção experimental da coluna com "pitadas" de assuntos relevantes. O leitor diga se achou o espaço útil.
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