HOME > Mundo

Diplomata da Noruega critica secretário-geral da Otan e pede alívio das tensões com Rússia

País nórdico, que é um dos membros da aliança atlântica, critica conduta que pode levar a conflito com a Rússia

Diplomata da Noruega critica secretário-geral da Otan e pede alívio das tensões com Rússia (Foto: Reuters)

Sputnik - O ex-embaixador norueguês na Otan Kai Eide disse que a aliança atlântica deve desanuviar as tensões, evitando uma linguagem desnecessariamente dura e tranquilizar a Rússia, que tem seus legítimos interesses.

À medida que as relações entre a Otan e a Rússia atingem um de seus piores momentos e prossegue a expansão da Aliança Atlântica, o ex-embaixador da Otan e diplomata norueguês Kai Eide criticou o secretário-geral do bloco militar, Jens Stoltenberg.

Segundo Eide, a situação entre a Otan e a Rússia é perigosa e deve ser tratada com cuidado. O diplomata aposentado enfatizou que, embora a linguagem tenha sido desnecessariamente dura de ambos os lados, Moscou tem um "receio tradicional" de estar cercada pela Otan. Portanto, a retórica deve ser atenuada, afirmou

Eide diz que a situação é hoje a mais perigosa desde a queda do Muro de Berlim em 1989. Ele considera que a Otan deve ter em conta que a Rússia também tem interesses legítimos, da mesma forma que a Otan e a Ucrânia.

"Não há uma solução clara, ela deve ser encontrada, discutida, e isso se torna difícil porque ambas as partes foram longe demais. Agora é preciso que se sentem e negociem soluções para todas as partes", observou o diplomata norueguês.

Anteriormente, Josep Borrell, chefe da política externa da União Europeia (UE) considerou inaceitáveis as exigências da Rússia relativas às garantias de segurança e à cessação da expansão da Ogtan para leste.

Nas propostas de segurança apresentadas pela Rússia em 17 de dezembro, a Otan é instada a parar suas atividades militares na Ucrânia e em outras ex-repúblicas soviéticas. Além disso, tanto Moscou como a Aliança Atlântica não devem implantar mísseis de curto e médio alcance em zonas a partir das quais eles possam atingir os territórios um do outro.