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Diplomata russo diz que especulações sobre possibilidade de conflito nuclear são errôneas

O embaixador russo em Washington observou que o uso de armas nucleares leva a uma catástrofe global

Anatoly Antonov, embaixador russo nos EUA (Foto: Sputnik)

TASS - As especulações sobre a possibilidade de um conflito nuclear mesmo que limitado são errôneas, pois qualquer uso de armas nucleares resulta em catástrofes globais, disse o embaixador russo nos Estados Unidos, Anatoly Antonov, em um artigo publicado no site da revista National Interest dos EUA na quarta-feira (28).

"Gostaria de alertar os planejadores militares americanos sobre a falácia de suas suposições de que um conflito nuclear limitado é possível. Eles aparentemente esperam que os Estados Unidos possam se esconder atrás do oceano se tal conflito acontecer na Europa com britânicos e franceses. Eu gostaria de enfatizar que este é um "experimento" extremamente perigoso. É seguro supor que qualquer uso de armas nucleares poderia levar rapidamente a uma escalada de um conflito local ou regional para um global", enfatizou.

"Quero acreditar que, apesar de todas as dificuldades, nós e os americanos ainda não nos aproximamos do perigoso limiar de cair no abismo do conflito nuclear. É importante parar de nos ameaçar", observou. "Hoje, é difícil prever até onde Washington está disposto a ir para exacerbar as relações com a Rússia. Os círculos dominantes dos EUA serão capazes de desistir de seus planos que visam desgastar nosso país com a perspectiva de seu desmembramento?"

“A recente cúpula da Organização de Cooperação de Xangai e a semana de alto nível da 77ª sessão da Assembleia Geral da ONU provaram que uma parte considerável do planeta não está satisfeita com a ordem mundial que foi criada após o colapso da União Soviética. A maioria da comunidade global está tentando encontrar maneiras de estabelecer um sistema equitativo de relações internacionais que não teria nem Estados de primeiro nem de segundo nível. Apoiamos firmemente essa ordem mundial baseada no direito internacional, na Carta da ONU e no princípio da a indivisibilidade da segurança", acrescentou Antonov.

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