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Direita e centro-esquerda dão primeiros passos para tentar formar governo na Espanha

Após eleições parlamentares de domingo, Sánchez e Feijóo buscam estratégias para superar impasse político e conquistar apoio para a formação de um novo governo na Espanha

Pedro Sánchez (Foto: REUTERS / Sergio Perez)

247 - O chefe do governo espanhol, o socialista Pedro Sánchez, e seu adversário de direita, Núñez Feijóo, estão enfrentando o desafio de formar um governo após as eleições não terem proporcionado uma maioria clara para nenhum dos dois candidatos. Nesta segunda-feira (24), ambos deram os primeiros passos para montar o complicado quebra-cabeças político que se apresenta diante da quarta maior economia da Europa.

As pesquisas previam a derrota de Sánchez, no entanto, ele conseguiu limitar o avanço da oposição de direita, levando o país a um cenário de bloqueio político. Agora, com seus respectivos partidos, ambos os candidatos estão debatendo estratégias e possíveis alianças para alcançar a maioria necessária para a formação de um governo.

O Partido Popular de Feijóo (PP, de direita) nquistou 136 cadeiras no Congresso dos Deputados, enquanto o partido de extrema direita Vox, seu único aliado potencial, obteve 33 cadeiras. Juntos, somam 169 cadeiras, ainda distantes da maioria absoluta de 176.

Por outro lado, o Partido Socialista Operário Espanhol (PSOE), de Sánchez, conquistou 122 cadeiras, e o Sumar, seu aliado de esquerda, 31, porém, ambas as forças políticas estão em uma posição melhor para conseguir o apoio dos partidos regionais basco e catalão.

Um acordo com os catalães é considerado crucial para Sánchez. O partido liderado pelo independentista catalão Carles Puigdemont, que se encontra refugiado na Bélgica após a tentativa de separação de 2017, já deixou claro que não cederá em suas posições. Enquanto isso, o Sumar anunciou que está disposto a explorar todas as vias de acordo com o JxCat, mesmo que um dirigente desse partido catalão, Jordi Turull, tenha expressado resistência em apoiar a posse de Sánchez.

A incerteza política resultante das eleições pode durar meses.