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Divisão não garante fim da violência

Segundo documento divulgado pela ONU, o Sudo do Sul, que est a dois dias de sua independncia, registrou 2.368 mortes violentas nos ltimos cinco meses

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247, com agências internacionais - Depois de mais de duas décadas de guerra civil com o norte, os sudaneses do sul preparam-se para virar uma página da história. A divisão do Sudão, até agora o maior país africano, foi decidida há cinco meses por referendo assinado em 2005 e entrará em vigor no sábado 10. A violência no país, no entanto, só faz crescer no país, segundo documento recém-divulgado pela ONU. O número de pessoas mortas neste ano no sul do Sudão chegou a 2.368, informou hoje a Organização das Nações Unidas (ONU). Deste total, 500 mortes ocorreram apenas no mês passado. Os dados, compilados pela ONU com base em relatórios das autoridades locais e de avaliações da própria entidade, refletem os grandes desafios enfrentados pelo novo país. O aumento expressivo dos números, publicados na semana passada pela ONU, se deve principalmente a ataques ligados ao roubo de gado no turbulento Estado de Jonglei, no sul do país.

"As 500 vítimas do condado de Pibor têm ligação com confrontos por causa de roubo de gado entre os Lou Nuer e os Murle no Estado de Jonglei," disse Lise Grande, coordenadora humanitária sênior da ONU no sul do Sudão, referindo-se a dois grupos étnicos rivais da região. "Não se trata de um, mas de uma série de incidentes que começaram por volta das primeiras duas semanas de junho." O presidente do norte do Sudão, Omar al-Bashir, procurado pelo Tribunal Penal Internacional por crimes de guerra anunciou que vai marcar presença na cerimónia de independência. Mas já avisou que não vai tolerar que o novo país interfira em questões internas. Diplomatas disseram que uma nova missão de paz da ONU para o Sudão do Sul será composta por 7 mil militares e 900 policiais internacionais. O mandato da missão será consolidar a paz e a segurança no país mais jovem do mundo. O Conselho de Segurança (CS) realiza intensivas discussões nesta semana a respeito da resolução que vai autorizar a nova missão e assegurar sua adoção antes da independência oficial do país. Os diplomatas, que falaram em condição de anonimato, disseram que o esboço da resolução deve ser aprovado amanhã pelo Conselho de Segurança. O documento pede uma revisão após três meses e outra depois de seis meses do envio das forças para verificar se o contingente pode ser reduzido para 6 mil homens, disseram os diplomatas.

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É o caso, por exemplo, da região de Kordofan, na fronteira entre o norte e o sul, palco de violentos confrontos. A demarcação de fronteiras continua a ser um problema sem solução. Mas há outros, como a partilha das receitas – já que 80 por cento das reservas petrolíferas se encontram no sul – e, ainda, a nacionalidade dos sulistas que vivem no norte. Para já reina o otimismo, por entre quem viveu 22 de uma guerra civil que provocou dois milhões de mortos. Um funcionário do Ministério de Relações Exteriores do Egito disse que o país vai reconhecer o Sudão do Sul após a separação do país da parte norte, marcada para 9 de julho. Mohammed Mursi disse hoje ao jornal Al-Ahram que o Egito vai nomear seu novo embaixador em Juba no mesmo dia que o Sudão do Sul declarar sua independência do Norte. O Sudão do Sul vai se tornar o mais novo país do mundo no próximo sábado. O rioNilo, a principal fonte de água do Egito, corta o Sudão. O Nilo Branco, um dos dois principais afluentes do rio, corre pelo sul do Sudão. O Egito teme que o Sudão do Sul independente possa ficar sob influência dos países rivais da bacia do Nilo e afetar sua parcela na água do rio. As informações são da Associated Press.

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