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Do Titanic ao Costa, navios têm evacuação imperfeita

Naufrgio de cruzeiro no litoral da Itlia, que deixou cinco mortos neste fim de semana, acelera discusso sobre possvel mudana em projetos de grandes navios; evacuao em caso de acidentes sempre complicada; falhas humanas podem comprometer tecnologia embarcada

Do Titanic ao Costa, navios têm evacuação imperfeita (Foto: REUTERS/ Max Rossi )
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O naufrágio do navio de cruzeiro Costa Concordia vai acelerar uma discussão internacional sobre a possível modificação em projetos de transatlânticos, avalia o engenheiro Segen Estefen, professor de Estruturas Oceânicas e Tecnologia Submarina da Coppe, que congrega os cursos de pós-graduação em engenharia da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ).

"O que se coloca hoje é a viabilidade prática de se evacuar grandes transatlânticos com segurança", disse Estefen. Segundo ele, esses navios podem ser projetados para que, em caso de acidente, determinadas partes flutuem e funcionem provisoriamente como uma embarcação de segurança. Com essa mudança de projeto, passageiros poderiam aguardar em pontos específicos do próprio navio até a chegada de uma embarcação de resgate, evitando a necessidade de se lançar uma série de balsas ao mar. "Seria uma alternativa. O ingresso de água e o tombamento podem se dar em velocidade maior do que a capacidade de evacuação. Retirar 4 mil pessoas não é tarefa simples". Segundo Segen, comitês da Organização Marítima Internacional (IMO, na sigla em inglês) já iniciaram discussões sobre o tema.

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Para o engenheiro, o afastamento do navio da rota prevista e a aproximação da costa indicam a possibilidade de falha humana. "Talvez um erro de interpretação da carta náutica. Normalmente, rochas são identificadas por sonares", declarou Segen, que é diretor de Tecnologia e Inovação da Coppe. Ele lembrou que o navio é razoavelmente moderno e tem um calado (distância vertical entre a parte inferior da quilha e a linha de flutuação) próximo de 8 metros. Como a embarcação é muito alta (tem 13 andares de camarotes), qualquer entrada de água provoca perda de estabilidade, acrescentou o professor. "São várias hipóteses e tudo indica que não parece ter havido falha no sistema de navegação. Foi relatada a possibilidade de apagão nos motores principais e perda de controle, mas me parece que isso não aconteceu".

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