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      Em cima do muro, França fica apagada no conflito de Gaza

      Contrário à posição assumida pelo resto da Europa, presidente François Hollande coloca Israel e o Hamas em pé de igualdade na escalada da violência; no dia 29 de novembro, Paris terá que desempatar esse jogo quando Mahmoud Abbas se presentar a ONU para o reconhecimento da Palestina

      Em cima do muro, França fica apagada no conflito de Gaza (Foto: POOL)
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      Roberta Namour, correspondente do 247 em Paris – No auge do conflito entre Israel e a Palestina, em que líderes de países em desenvolvimento, em particular a presidente Dilma Rousseff, ganham destaque, a França continua apagada. O país está se afundando nas próprias contradições e se recusa a falar com o Hamas porque o movimento não assinou os acordos de Oslo.

      Em viagem oficial à Polônia, o presidente francês, François Hollande, disse que estava "muito preocupado" com o que está acontecendo na Faixa de Gaza e que fará todos os esforços para prevenir este surto de violência. No entanto, ele não aponta quem está por trás desta violência. Refere-se a Israel e a Hamas como se estivessem lado a lado.

      Esta posição é totalmente diferente da assumida pela União Europeia em nota de Catherine Ashton, no dia 16 de novembro, que claramente atribui a responsabilidade à Palestina: "ataques de foguetes do Hamas e outras facções de Gaza, que desencadearam a crise atual, são totalmente inaceitáveis para qualquer governo e têm de parar. Israel tem o direito de proteger a sua população." Autoridades britânicas, os EUA e o Canadá também culpam os grupos palestinos.

      Há um movimento absolutamente decisivo no dia 29 de novembro, quando o presidente Mahmoud Abbas exigir o reconhecimento da Palestina na ONU. Hoje, a França não está pronta para votar a favor desta posição. Se não o fizer, o risco para Paris é o de perder credibilidade frente aos palestinos, que não verão mais o país como capaz de enfrentar uma mediação.

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