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Em entrevista à agência russa RT, Lula defende multilateralismo e diz que EUA não devem ser "xerife do mundo"

O ex-presidente Lula ainda condenou a demora na autorização definitiva da Sputnik V no Brasil. '"É altamente visível que existe um impedimento político para comprar vacinas russas no Brasil"

(Foto: Reprodução/RT)
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247 - O ex-presidente Lula, em entrevista concedida à agência Russia Today, defendeu uma mudança radical na política externa brasileira. O petista condenou o alinhamento com os Estados Unidos por parte do governo brasileiro e criticou a ideia de que os EUA devem ser o "farol do mundo". 

"O Brasil não é inimigo dos Estados Unidos. Queremos ter uma boa relação. Ouvi que o presidente Putin também disse que quer boas relações com os EUA", reforçou Lula. 

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"No entanto, os EUA querem um mundo onde eles são os únicos a determinar tudo. Em uma entrevista, o Biden disse que os EUA devem ser o 'farol do mundo'. Nós não precisamos disso. Queremos que todos os países desenvolvam parcerias. O Brasil deve ser um país soberano".

"Os EUA têm que entender que não queremos um xerife, mas sim um parceiro. Por isso que acho importante o papel que Putin vem exercendo na geopolítica mundial. Quero que o Brasil, Rússia, China e Argentina cresçam tanto quanto os EUA, respeitando a liberdade e a soberania dos países. Se o PT voltar ao governo, é assim que vamos lidar com os americanos", completou o petista. 

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Lula relembrou o caso da espionagem das empresas brasileiras por parte da Agência Nacional de Segurança dos EUA (NSA, na sigla em inglês).

"Eu não acusei os EUA. Temos provas, vídeos e documentos do Departamento de Justiça dos EUA e de procuradores buscando processar empresas brasileiras e me condenar. No fundo, o que estava em jogo era a maior presença das empresas brasileiras no mercado global", disse.

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Sputnik V

Lula disse ainda que a demora na autorização definitiva da Sputnik V no Brasil é produto de um "impedimento político": 

"Se o presidente brasileiro estivesse realmente compromissado com a saúde de sua população, ele teria falado com o presidente Putin, que teriam estabelecido um comitê bilateral com especialistas brasileiros e russos, e teríamos resolvido o problema da vacinação há muito tempo. Mas o presidente não tomou nenhuma medida, e a verdade é que ele está sob pressão. Não posso provar, mas é altamente visível que existe um impedimento político para comprar vacinas russas no Brasil", disse.

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