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Em festa francesa, presidente socialista volta às tradições

François Hollande remota prática criada por Mitterrand de conceder entrevista ao vivo após o desfile militar de 14 de julho e enfrenta temas espinhosos como o plano de demissão da PSA, a crise no euro e até a exposição de sua vida familiar na imprensa

Em festa francesa, presidente socialista volta às tradições (Foto: Benoit Tessier/REUTERS)
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Roberta Namour, correspondente do 247 em Paris – "Liberté, égalité, fraternité". No dia14 de julho de 1789, os franceses revolucionários tomaram a Bastilha, um dos símbolos do totalitarismo da época, e libertaram  presos políticos.  O episódio se tornou o símbolo da queda da monarquia francesa e a data foi escolhida como feriado nacional e celebração da Revolução Francesa.

Exatos 223 anos depois, François Hollande, recém-eleito presidente da França, acompanhou na manhã deste sábado o tradicional desfile militar na avenida Champs Elysées. Em seguida, retomou um hábito praticado desde o governo de François Mitterrand e interrompido na gestão de Nicolas Sarkozy, o de conceder uma entrevista ao vivo à televisão.

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Durante o programa, o presidente teve de enfrentar temas espinhosos como o plano de reestruturação da PSA, que anunciou 8 mil demissões essa semana, a crise na zona do euro, as relações com a chanceler alemã Angela Merkel e até mesmo a exposição de sua vida familiar na imprensa.

O presidente levantou a suspeita de que o plano de reestruturação da PSA Peugeot Citroën já estava previsto há tempos, mas foi retardado para não influenciar nas eleições. « O governo não irá aceitar as demissões sem alternativas para os assalariados », avisou François Hollande. O chefe de Estado também disse que um programa de incentivo a compra de carros de fabricantes nacionais será criado para estimular a indústria.

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Quanto à crise, negou a imposição de qualquer plano de austeridade e preferiu usar o termo esforço para equilibrar as contas públicas.

François Hollande tentou evitar qualquer polêmica em torno de sua vida privada e disse que orientou sua família a ser mais discreta. Durante as eleições legislativas, sua namorada Valérie Trierweiler escreveu uma mensagem de apoio no Twitter ao concorrente de Ségolène Royal, mãe dos quatro filhos do presidente.

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A declaração desastrosa ganhou amplitude com uma entrevista de seu filho mais velho à revista Le Point. Entre as críticas de Thomas, 27 anos, a Valérie está a de ter exposto a vida privada, destruindo a imagem que o pai construiu de ser um 'presidente normal'. "Eu sabia que um dia ela ia aprontar, mas não esperava um golpe tão baixo", diz.

Para ele, Valérie deveria se decidir entre continuar a ser jornalista ou ter uma função no Elysée. Thomas acrescenta que depois disso, ele, o irmão e as duas irmãs não querem mais se encontrar com Valérie.

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