Em livro, bilionário que impulsionou extrema-direita nos EUA e MBL no Brasil faz mea-culpa
Desde os anos 70, os Koch gastaram bilhões de dólares com doações de campanha para candidatos conservadores, organizações políticas de direita, como o Americans for Prosperity e Studentes For Liberty, da qual surgiu o MBL
247 - O bilionário Charles Koch realizou uma mea-culpa em seu mais recente livro, “Believe in People”. Ao lado de seu irmão, David Koch, que morreu em 2019, ele ajudou a impulsionar o movimento Tea Party e a ala extrema-direita do Partido Republicano nos Estados Unidos.
No Brasil, as organizações que financiam ajudaram a impulsionar o Movimento Brasil Livre (MBL), organização dirigente no golpe de Estado contra Dilma Rousseff (PT) em 2016 e que, apesar de ter rachado com o governo de Jair Bolsonaro, diante da crise política, promove políticas de extrema-direita como a ofensiva para censurar obras de arte, a luta contra cotas raciais nas universidades e o projeto Escola Sem Partido.
Desde os anos 70, os Koch gastaram bilhões de dólares com doações de campanha para candidatos conservadores, organizações políticas de direita, como o Americans for Prosperity e Studentes For Liberty, da qual surgiu o MBL.
Apesar da mea-culpa expressa em seu livro, as indústrias Koch e seus funcionários doaram US$ 2,8 milhões a candidatos republicanos na campanha de 2020, e somente US$ 221 mil para democratas, segundo o Center for Responsive Politics.
Da mesma forma, o bilionário doou cerca de US$ 500 mil para David Perdue, que disputará um segundo turno para uma vaga no Senado com o democrata Jon Ossof em janeiro. Perdeu é republicano e questiona a legitimidade da eleição presidencial norte-americana.
Perdeu repete as afirmações de Donald Trump de que houveram fraudes para eleger Joe Biden.
