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Mundo

Em Pequim, Lula pode assinar adesão do Brasil à iniciativa chinesa Cinturão&Rota

'Não vejo dano político', afirmou o chefe da Assessoria Especial da Presidência. Projeto global de infraestrutura do governo chinês teve mais de R$ 4,5 trilhões em investimentos

Embaixador Celso Amorim (à esq.) e o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (Foto: Felipe L. Gonçalves/Brasil247 | Ricardo Stuckert)
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247 - O embaixador Celso Amorim, chefe da Assessoria Especial da Presidência da República, informou nesta quarta-feira (22) que a “Belt&Road” (Cinturão&Rota), iniciativa chinesa de investimentos globais em infraestrutura, pode ser um dos assuntos discutidos entre os presidentes do Brasil, Luiz Inácio Lula da Silva, e da China, Xi Jinping. O presidente Lula embarcará na próxima sexta-feira (24) para o país asiático. "Não tenho preconceito e não vejo nenhum dano político", disse Amorim em entrevista ao jornal Valor Econômico.

De 2013, quando foi lançado, a 2022, o Cinturão&Rota teve cerca de US$ 932 bilhões (cerca de R$ 4,6 trilhões) em investimentos. A proposta tem como objetivo fazer funcionar rotas globais de comércio por meio de projetos de infraestrutura para a Ásia Central, o Sudeste Asiático, o Oriente Médio e a África. Os números foram divulgados em relatório publicado em 24 de julho do ano passado, pelo think tank Green Finance & Development Center, da Universidade de Fudan, em Xangai, na China. 

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A iniciativa avançou para toda a América do Sul. Apenas Brasil e Colômbia não aderiram ainda. O Paraguai não entra na lista porque não mantém relações diplomáticas com a China. Na União Europeia, a iniciativa teve adesão de Portugal, Grécia e Itália. Nem todos receberam os investimentos esperados.

A proposta compreende dois eixos principais: a Rota da Seda Marítima (Maritime Silk Road) e o componente terrestre, denominado Cinturão da Rota da Seda (Silk Economic Belt). 

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Detalhes do relatório/investimentos

No relatório, divulgado em julho de 2022, dois pontos chamam atenção. O primeiro é a redução dos investimentos e financiamentos em projetos de energia limpa. Os investimentos em iniciativas do setor (energia solar, eólica e hidrelétricas), registraram queda de 22% no primeiro semestre deste ano, comparado ao mesmo período do ano anterior, apontaram informações divulgadas pela Sputnik.

Mas o documento mostrou que não houve investimento ou financiamento de projetos envolvendo o carvão como fonte de energia. Os setores de petróleo e gás representaram 80% dos investimentos chineses em outros países, e 66% dos contratos de construção feitos pelo governo chinês.

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No primeiro semestre de 2022, a cifra dos projetos firmados pela iniciativa, entre investimentos e financiamentos, chegou a US$ 28,4 bilhões (cerca de R$ 142 bilhões), diminuição em relação aos US$ 29,6 bilhões (cerca de R$ 148 bilhões), registrados no ano anterior. 

O relatório apontou preferência da China por projetos na Arábia Saudita. Dos mais de R$ 140 bilhões, o maior beneficiário foi o território saudita, com US$ 5,5 bilhões (cerca de R$ 27,5 bilhões), seguida da República Democrática do Congo, com US$ 600 milhões (cerca de R$ 3 bilhões) e da Indonésia, com US$ 560 milhões (cerca de R$ 2,8 bilhões).

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A Rússia, afetada por sanções ocidentais, não foi alvo de nenhum investimento ou financiamento por parte da iniciativa chinesa. Pequim, no entanto, continua apoiando politicamente Moscou e comprando gás e petróleo da Rússia.

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