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Entidade muçulmana nos EUA condena 'genocídio e limpeza étnica' de Israel após morte de 70 pessoas no Natal

A organização pediu aos americanos, independentemente de suas origens, que exijam uma ação do governo e que peçam o fim do "massacre, da fome e da limpeza étnica"

Israel ataca campo de refugiados palestinos de Maghazi (Foto: SHADI TABATIBI/REUTERS)

Sputnik - O Conselho de Relações Americano-Islâmicas chamou o ataque ao campo de refugiados de al-Maghazi durante o Natal de "crime de guerra israelense do dia", qualificando a abordagem do governo Biden de "insensível e imoral".

O Conselho de Relações Americano-Islâmicas (CAIR, na sigla em inglês) condenou a morte de pelo menos 70 pessoas, incluindo mulheres grávidas, após o recente ataque de Israel ao campo de refugiados de al-Maghazi, informou nesta segunda-feira (25) a agência iraniana Tasnim.

O CAIR denunciou o "crime de guerra israelense do dia", e criticou a resposta do governo de Joe Biden nos EUA, que rotulou de indiferente e apoiadora do "genocídio e limpeza étnica" realizados pelo regime israelense. A declaração detalhou uma série de atrocidades, incluindo bombardeios de hospitais, assassinatos de civis e a profanação de locais culturais.

"A indiferença insensível do governo Biden e o apoio ativo ao genocídio e à limpeza étnica em curso realizados pelo governo de extrema-direita de [primeiro-ministro Benjamin] Netanyahu manchará a reputação internacional de nossa nação pelas próximas gerações", disse em um comunicado Ibrahim Hooper, do CAIR.

"O fato de o presidente Biden admitir que nem mesmo pediu um cessar-fogo em uma conversa recente com Netanyahu diz muito sobre a abordagem insensível e imoral do governo [dos EUA] em relação ao genocídio em Gaza", criticou.

A organização pediu aos americanos, independentemente de suas origens, que exijam uma ação de Washington, e que peçam o fim do "massacre, da fome e da limpeza étnica" na região.

O CAIR referiu que sua missão é proteger os direitos civis, promover a compreensão do Islã, defender a justiça e capacitar os muçulmanos americanos em meio à crise em curso em Gaza.