Escândalo ameaça serviço secreto de Portugal
Ex-diretor de espionagem acusado de passar segredos de Estado a um grupo empresarial onde trabalha desde que deixou a funo pblica
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247 – Uma suposta ligação entre o serviço secreto e as empresas privadas tem gerado um escândalo em Portugal. A polêmica chegou à Assembleia da República (Parlamento) e ameaça o governo atual e o anterior. O estopim foi a notícia de que Jorge Silva Carvalho, que dirigiu entre 2008 e 2010 o Serviço de Informações Estratégicas da Defesa (OFDI), teria passado dados confidenciais à empresa Ongoing – onde trabalha desde então - antes de abandonar o cargo o público.
O ex-director teria fornecido informações sobre dois empresários russos e sobre a relação de José Eduardo Moniz (vice-presidente da Ongoing Media) e Bernardo Bairrão (ex-administrador geral da Media Capital, propriedade do grupo Prisa) com o canal de televisão Zimbo, de Angola. Também estariam envolvidos setores da comunicação, finanças, energia e imobiliário de Portugal Brasil e Angola.
Através de seu advogado, Nuno Morais Sarmento - ex-ministro e conhecido membro do conservador Partido Social-Democrata (PSD, no governo), Carvalho negou inicialmente que teria "vazado" informação para a Ongoing. Em uma entrevista posterior, no entanto, reconheceu que através de seu computador pessoal enviou de sua casa algumas mensagens eletrônicas para sua futura empresa, que não violam segredos de Estado, segundo ele.
O então primeiro-ministro José Sócrates, que ocupava o cargo na época, negou ter autorizado o ex-espião a passar informação para uma empresa privada. O atual chefe de governo, Pedro Passos Coelho, disse o mesmo. A polêmica reabriu um debate nunca encerrado em Portugal sobre o papel do serviço de inteligência do Estado. Não existe um período de transição para quem decidir passar para o setor privado, como acontece com os políticos. O primeiro-ministro confirmou no debate quinzenal de sexta-feira que está em andamento uma investigação interna do serviço sobre o suposto vazamento.
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