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Espanha reconhece que pode precisar de 300 bi de euros

Pela primeira vez, o país do primeiro-ministro Mariano Rajoy admitiu precisar de um socorro integral da UE e do FMI; segundo uma fonte da agência Reuters, a Alemanha não teria ficado confortável com a ideia

Espanha reconhece que pode precisar de 300 bi de euros (Foto: Reuters)
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Por Jan Strupczewski

BRUXELAS, 27 Jul (Reuters) - A Espanha, pela primeira vez, reconheceu que pode precisar de um resgate integral da União Europeia (UE) e do Fundo Monetário Internacional (FMI) no valor de 300 bilhões de euros se os seus custos de empréstimo continuarem altos de forma insustentável, afirmou uma autoridade da zona do euro.

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O ministro da Economia da Espanha, Luis de Guindos, levantou a questão ao seu contraparte alemão, Wolfgang Schaeuble, numa reunião em Berlim na última terça-feira, à medida que os custos de empréstimo do país subiram para 7,6 por cento, de acordo com uma fonte da Reuters.

Se necessário, o dinheiro viria além dos 100 bilhões de euros já acertados para apoiar o setor bancário da Espanha, levando os recursos da zona do euro para o limite, e Schaeuble disse a De Guindos que ele não estava disposto a considerar um resgate antes de o fundo de resgate permanente do bloco monetário, o Mecanismo Europeu de Estabilização Financeira (ESM, na sigla em inglês), entrar em operação mais tarde neste ano.

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"De Guindos falou de aproximadamente 300 bilhões de euros para um programa integral, mas a Alemanha não ficou confortável com a ideia de um resgate agora", disse a autoridade à Reuters.

"Nada irá acontecer até que o ESM esteja funcionando. Uma vez que este estiver operacional, nós veremos quais são os custos de empréstimo da Espanha e talvez retornaremos à questão", afirmou a autoridade. O governo da Espanha, no entanto, informou oficialmente nesta manhã que não haverá resgate ao país e que isso não é uma opção.

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A Espanha tem afirmado repetidamente que não precisará seguir Portugal, Irlanda e Grécia e buscar um resgate integral. Questionado sobre os comentários da fonte, uma porta-voz do governo disse nesta sexta-feira: "Nós negamos fortemente qualquer plano do tipo. Essa possibilidade (de um resgate de 300 bilhões de euros para a Espanha) não foi considerada ou discutida."

Enquanto Schaeuble e De Guindos se encontravam na terça-feira, os custos de empréstimo da Espanha alcançaram o maior nível desde que o país adotou o euro, atingindo 7,64 por cento para os títulos de dez anos - um nível com o qual a Espanha não consegue tomar empréstimos no mercado de forma sustentável.

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Mas na quinta-feira, o presidente do Banco Central Europeu (BCE), Mario Draghi, disse que a autoridade monetária está pronta para agir a fim de diminuir os yields espanhóis, fazendo os de títulos de dez anos do país caírem para 6,88 por cento.

Uma segunda autoridade da zona do euro disse que a Espanha pode administrar a situação sem resgate, mas afirmou que o país fez erros de comunicação que preocuparam os investidores. Questionado se Madri precisa de um resgate, a autoridade disse: "Em termos de pura aritmética, não, se as taxas de juros forem proporcionais ao que eu considero uma situação sustentável."

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(Reportagem adicional de Luke Baker em Bruxelas e Eva Kuehnen e Sakari Suoninen em Frankfurt)

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