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Igor Fuser: ataque de Trump contra Irã e Iraque foi aventureiro e irresponsável

Em entrevista à TV 247, o professor de Relações Internacionais da UFABC Igor Fuser avalia que o Irã não irá responder de imediato ao ataque dos EUA, mas maturar uma resposta ao longo das próximas semanas. Ele também analisa que a posição do Brasil sobre o conflito não faz diferença no cenário internacional

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247 - Em entrevista à TV 247, o professor do curso de Relações Internacionais na Universidade Federal do ABC (UFABC) Igor Fuser avalia que, depois do ataque terrorista dos Estados Unidos que matou o general iraniano Qassem Soleimani em território iraquiano, os ânimos tendem a baixar. Para Fuser, o Irã não irá responder aos ataques de imediato, mas maturar uma resposta ao longo das próximas semanas. O professor lembra do ditado popular “vingança é um prato que se come frio” para enquadrar os próximos passos da crise disparada por Trump. 

Fuser ainda destaca o isolamento dos EUA e o silêncio dos países europeus. Para ele, Trump cometeu um erro tático, além de incorrer na tradicional violação internacional que caracteriza a ingerência americana sobre o Oriente Médio. Em sua avaliação, a intenção de Trump seria minar o poderio político do Irã na região, mas o resultado se anuncia como exatamente o contrário: Irã e Iraque tornam-se mais aliados do que antes dos ataques, uma vez que ambos foram agredidos de maneira covarde. 

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Fuser não acredita que uma Terceira Guerra Mundial esteja a caminho, pois explica que o único interessado em um conflito bélico neste momento é Israel, que teme o avanço do Irã no tabuleiro das influências da região.

Sobre a possível participação do Brasil em uma eventual guerra do aliado de Bolsonaro, ele é taxativo: probabilidade zero. Para o especialista, o Exército brasileiro não gosta do embate e não tem vocação nem estrutura para se apresentar para algum tipo de combate. Fuser desenha um perfil curioso dos militares brasileiros que, segundo ele, gostam de operações tranquilas em favelas e desafios domésticos menos arriscados.

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Igor Fuser ainda avalia a posição atual do Brasil no cenário internacional. Para ele, o Brasil não é levado mais a sério por nenhum país do mundo, virou motivo de chacota e tem peso zero em qualquer discussão atrelada ao universo geopolítico, sobretudo neste momento de tensão que pressiona elementos de soberania e economia internacionais. Para Fuser, o Brasil se tornou um pária que não tem mais a menor importância no debate global e que, por isso mesmo, avaliar sua posição oficial sobre o conflito é uma perda de tempo. 

O professor se preocupa, no entanto, com o fluxo de petróleo nos mercados consumidores, e afirma que qualquer oscilação nesse fluxo pode multiplicar por 3, por 4, por 5 o valor do produto, que é vital para toda a cadeia econômica de todos os países do mundo. Esse, segundo Fuser, é o ponto mais relevante a ser analisado pela grave agressão cometida pelos EUA no Oriente Médio.

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