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Esquerda espanhola ainda tenta acordo para formar governo

O Partido Socialista Operário Espanhol (PSOE) e a coligação de esquerda Unidos Podemos (UP) prosseguem nesta quarta-feira (24) as negociações na busca de um acordo de última hora que lhes permita fechar uma coalizão de governo na Espanha

Esquerda espanhola ainda tenta acordo para formar governo (Foto: REUTERS / Sergio Perez)

EFE - O Partido Socialista Operário Espanhol (PSOE) e a coligação de esquerda Unidos Podemos (UP) prosseguem nesta quarta-feira (24) as negociações na busca de um acordo de última hora que lhes permita fechar uma coalizão de governo na Espanha e evitar a repetição das eleições.  

As negociações estão a cargo de duas pessoas da máxima confiança dos líderes de ambos partidos: Carmen Calvo, vice-presidente do governo interino do PSOE, e Pablo Echenique, secretário de Ação de Governo e Institucional do Podemos.  

As negociações se intensificaram depois que o líder socialista e chefe do governo interino, Pedro Sánchez, não conseguiu na terça-feira o apoio do Congresso para renovar seu mandato à frente do Executivo, ao conseguir apenas 124 votos a favor, frente a 170 negativos e 52 abstenções.  

A maioria das abstenções foram da UP, razão pela qual uma votação favorável dos seus deputados (42) seria suficiente para referendar o líder socialista espanhol em uma segunda votação que deve acontecer na quinta-feira e na qual Sánchez precisaria da maioria simples para ser empossado como presidente no Congresso.  

Em meio ao segredo absoluto mantido pelos dirigentes de ambos os partidos (nem mesmo o local da reunião foi divulgado), o ministro das Relações Exteriores interino, Josep Borrell, disse  que confia  que haverá um governo "o mais rápido possível".  "Há razões para ter preocupação e razões para ter esperança", afirmou Borrell em breves declarações durante um ato institucional. 

No entanto, perguntado sobre o andamento das conversas com a UP, respondeu: "Não sei, francamente, não estou nas negociações".  Por sua parte, fontes do Unidos Podemos pediram "prudência" diante da possibilidade de um acordo com o PSOE porque "quase não está havendo avanços nas propostas" feitas pelos socialistas, embora não tenha revelado quais são.  

Até agora, se sabe que o PSOE lhes ofereceu a vice-presidência do governo, que iria para Irene Montero, "segunda em comando" da UP, assim como algumas pastas ministeriais, enquanto a Unidos Podemos reivindica postos com competências para desenvolver as políticas que considera prioritárias como meio ambiente, política fiscal, ciência, igualdade e emprego.  

O prazo limite para as negociações é 14h30 (horário local, 9h30 de Brasília) da quinta-feira, hora na qual o Congresso deve realizar a segunda votação.  À espera dos resultados das negociações, o PSOE adiou a reunião da sua Executiva, prevista inicialmente para esta quarta-feira, e que finalmente também acontecerá na quinta.