Estatização do Bankia, na Espanha, é rejeitada pelo mercado
Bolsa de Madri cai e juros aumentam aps movimento do governo de injetar 4,5 bilhes de euros na terceira maior instituio financeira do pas
247 – Numa operação que envolveu cerca de 4,5 bilhões de euros em dinheiro público, o governo da Espanha anunciou a estatização do Bankia, terceira maior instituição financeira do país, com 10 milhões de clientes e 21 mil empregados, assumindo o controle de 45% de suas ações. Sem o aporte estatal, feito na forma de um empréstimo em troca do papéis, o Bankia não conseguiria enfrentar uma forte inadimplência sobre 37,5 bilhões de euros em empréstimos, a maioria para o financiamento de imóveis.
O salvamento, porém, não convenceu o mercado, que empurrou o índice da bolsa de valores de Madri para o vermelho e elevou os juros cobrados sobre os títulos públicos a 6%, num sinal de falta de confiança no plano governamental. O Bankia é o resultado da fusão entre sete instituições financeira da Espanha, consumada em 2010. Ao que se vê, o plano de concentrar bandeiras como a da tradicional Caja de Madrid no guarda-chuva do Bankia não surtiu o efeito esperado e ainda liquidou a reputação do economista Rodrigo Rato como gestor. Ex-diretor do FMI e ex-ministro da Economia, ele pediu afastamento do cargo de presidente do Bankia na semana passada, dando lugar, agora, a José Ignacio Goirigolzarri, indicado pelo governo. O primeiro-ministro Mariano Rajoy declarou que, após a ajuda ao Bankia, um novo pacote de ajuda aos bancos espanhóis com dinheiro público será anunciado nas próximas horas. Eles terão de aumentar suas provisões sobre créditos duvidosos. Recentemente, a agência de classificação de risco Standard & Poor´s rebaixou as notas de 11 instituições financeiras espanholas.
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