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    EUA criticam 'retórica divisiva' de Netanyahu

    "O governo [Barack] Obama está profundamente preocupado com a retórica que procura marginalizar cidadãos árabe-israelenses", afirmou o porta-voz, Josh Earnest; segundo ele, o governo dos EUA irá “reavaliar sua posição" no processo de paz no Oriente Médio e "o caminho a ser seguido nesta situação”; os Estados Unidos defendem a criação de dois Estados como solução para o conflito na região

    President Barack Obama, Israeli Prime Minister Benjamin Netanyahu and their delegations meet in the Oval Office, May 18, 2009. (Official White House Photo by Pete Souza) This official White House photograph is being made available for publication by n (Foto: Roberta Namour)
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    Opera Mundi - Os Estados Unidos estão preocupados com a "retórica divisiva" usada pelo primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, durante a campanha eleitoral, ao descartar a criação de um Estado palestino, afirmou a Casa Branca nesta quarta-feira (18/03). O partido de Netanyahu, o Likud, foi vencedor das eleições realizadas na terça (17/03).

    "O governo [Barack] Obama está profundamente preocupado com a retórica que procura marginalizar cidadãos árabe-israelenses", afirmou o porta-voz, Josh Earnest, aos jornalistas. Essa retórica "é profundamente preocupante e divisiva" e, além disso, "solapa os valores e ideais democráticos" que são uma "parte importante do que une Estados Unidos e Israel", acrescentou.

    Segundo Earnest, o governo Obama irá “reavaliar sua posição" no processo de paz no Oriente Médio e "o caminho a ser seguido nesta situação”. Os Estados Unidos defendem a criação de dois Estados como solução para o conflito na região.

    O porta-voz afirmou que o secretário de Estado dos EUA, John Kerry, telefonou para Netanyahu para felicitá-lo pela vitória, em um movimento que deve ser seguido por Obama em breve.

    A relação entre Obama e Netanyahu deteriorou-se no último mês, quando o premiê israelense foi a Washington e fez um discurso, a convite do Congresso controlado pelo Partido Republicano, criticando o acordo que os EUA e outros países tentam firmar com o Irã sobre o programa nuclear de Teerã.

    Vitória do Likud

    Os números oficiais deram vitória ao Likud, partido de Netanyahu. Com 100% dos votos apurados, a legenda direitista obteve 29 cadeiras no Parlamento, consolidando boa margem de vantagem sobre a coalizão de centro-esquerda União Sionista, encabeçada pelo trabalhista Itzhak Herzog, que obteve 24 vagas no Knesset.

    Em terceiro lugar, com 14 assentos, ficou a Lista Conjunta, coligação que pela primeira vez na história uniu em uma sigla só grupos de esquerda e todos os partidos árabes do país — a minoria representa 20% da população israelense. Em quarto ficou o centrista Yesh Atid (11 cadeiras), seguido pelo centro-direitista Kalunu (10 cadeiras), pelo ultranacionalista Lar Judaico (8 cadeiras), pelos ultraortodoxos Shas (7 cadeiras) e Torá Unida (6 cadeiras), além da legenda de extrema-direita Israel Beitenu (6 cadeiras). O partido de esquerda Meretz fecha a lista com 4 vagas no Parlamento.

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