EUA criticam 'retórica divisiva' de Netanyahu
"O governo [Barack] Obama está profundamente preocupado com a retórica que procura marginalizar cidadãos árabe-israelenses", afirmou o porta-voz, Josh Earnest; segundo ele, o governo dos EUA irá “reavaliar sua posição" no processo de paz no Oriente Médio e "o caminho a ser seguido nesta situação”; os Estados Unidos defendem a criação de dois Estados como solução para o conflito na região
Opera Mundi - Os Estados Unidos estão preocupados com a "retórica divisiva" usada pelo primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, durante a campanha eleitoral, ao descartar a criação de um Estado palestino, afirmou a Casa Branca nesta quarta-feira (18/03). O partido de Netanyahu, o Likud, foi vencedor das eleições realizadas na terça (17/03).
"O governo [Barack] Obama está profundamente preocupado com a retórica que procura marginalizar cidadãos árabe-israelenses", afirmou o porta-voz, Josh Earnest, aos jornalistas. Essa retórica "é profundamente preocupante e divisiva" e, além disso, "solapa os valores e ideais democráticos" que são uma "parte importante do que une Estados Unidos e Israel", acrescentou.
Segundo Earnest, o governo Obama irá “reavaliar sua posição" no processo de paz no Oriente Médio e "o caminho a ser seguido nesta situação”. Os Estados Unidos defendem a criação de dois Estados como solução para o conflito na região.
O porta-voz afirmou que o secretário de Estado dos EUA, John Kerry, telefonou para Netanyahu para felicitá-lo pela vitória, em um movimento que deve ser seguido por Obama em breve.
A relação entre Obama e Netanyahu deteriorou-se no último mês, quando o premiê israelense foi a Washington e fez um discurso, a convite do Congresso controlado pelo Partido Republicano, criticando o acordo que os EUA e outros países tentam firmar com o Irã sobre o programa nuclear de Teerã.
Vitória do Likud
Os números oficiais deram vitória ao Likud, partido de Netanyahu. Com 100% dos votos apurados, a legenda direitista obteve 29 cadeiras no Parlamento, consolidando boa margem de vantagem sobre a coalizão de centro-esquerda União Sionista, encabeçada pelo trabalhista Itzhak Herzog, que obteve 24 vagas no Knesset.
Em terceiro lugar, com 14 assentos, ficou a Lista Conjunta, coligação que pela primeira vez na história uniu em uma sigla só grupos de esquerda e todos os partidos árabes do país — a minoria representa 20% da população israelense. Em quarto ficou o centrista Yesh Atid (11 cadeiras), seguido pelo centro-direitista Kalunu (10 cadeiras), pelo ultranacionalista Lar Judaico (8 cadeiras), pelos ultraortodoxos Shas (7 cadeiras) e Torá Unida (6 cadeiras), além da legenda de extrema-direita Israel Beitenu (6 cadeiras). O partido de esquerda Meretz fecha a lista com 4 vagas no Parlamento.
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