EUA e aliados pressionarão Caracas até que Venezuela 'volte à democracia', diz Blinken
O secretário de Estado dos EUA, país que lidera o número de mortos por Covid-19 com mais de 578 mil óbitos, afirmou que o governo do presidente Nicolás Maduro, administrou mal a crise da pandemia
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Sputnik Brasil - Nesta terça-feira (4), o secretário de Estado dos EUA, Antony Blinken, afirmou que os Estados Unidos e seus aliados continuarão a pressionar o governo venezuelano para que o país volte à democracia.
O chefe da diplomacia norte-americana deu a declaração durante a 51ª Conferência de Washington sobre as Américas.
"Continuaremos a trabalhar com nossos parceiros em toda a região, para aliviar o sofrimento do povo venezuelano e exercer pressão sobre o regime para que o país possa retornar pacificamente à democracia", disse Blinken.
O secretário de Estado dos EUA afirmou ainda que o governo do presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, administrou mal a crise de saúde no país durante a pandemia da Covid-19.
Segundo dados da Universidade Johns Hopkins, os EUA lideram a lista de países com mais mortes por Covid-19, com mais de 578 mil óbitos. Já a Venezuela tem 2.189 mortes causadas pela doença. Em número proporcionais à população, os EUA têm 1.744 mortes por milhão de habitantes, enquanto a Venezuela tem 77 fatalidades a cada milhão de seus cidadãos, conforme o painel do Our World in Data.
O mesmo levantamento mostra ainda que os EUA já têm quase 45% de sua população imunizada com a primeira dose de uma vacina contra a Covid-19, enquanto a Venezuela ainda não chegou a 1%.
Maduro negou diversas vezes as alegações dos EUA e acusa Washington de tentar derrubar o governo venezuelano para tomar posse dos recursos naturais do país. De acordo com um estudo de 2019, com coautoria do economista Jeffrey Sachs, as sanções norte-americanas mataram dezenas de milhares de venezuelanos.
Outros países da região
O secretário de Estado dos EUA também falou de outros países latino-americanos. Sobre Cuba, Blinken disse que os EUA continuarão defendendo os direitos humanos do povo cubano, incluindo o direito à liberdade de expressão e de reunião, e condenarão a repressão aos direitos humanos.
Blinken também pediu aos aliados dos EUA na região para que cobrem o governo do Haiti por eleições livres e justas até o final deste ano, bem como o governo da Nicarágua para reformar o sistema eleitoral local.
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