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EUA e Rússia trocam acusações sobre violação do tratado nuclear Novo START

Os dois países representam juntos cerca de 90% das ogivas nucleares do mundo

O Novo START entrou em vigor em 2011 e foi prorrogado em 2021 (Foto: REUTERS/Grigory Dukor)
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247 - Os Estados Unidos acusaram a Rússia na terça-feira (31) de violar o tratado para controle de armas nucleares Novo START, dizendo que Moscou se recusou a permitir atividades de inspeção em seu território. 

"A recusa da Rússia em facilitar as atividades de inspeção impede os Estados Unidos de exercer direitos importantes sob o tratado e ameaça a viabilidade do controle de armas nucleares russas e estadunidenses", disse um porta-voz do Departamento de Estado em comentários por e-mail, segundo a Reuters. 

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O porta-voz acrescentou que a Rússia tem um "caminho claro" para retornar à conformidade com o acordo, permitindo atividades de inspeção, e que Washington continua pronta para trabalhar com Moscou para implementar totalmente o tratado.

Por sua vez, o Kremlin disse nesta quarta-feira (1º) que a Rússia considera o Novo START "muito importante", e que vê "alguns indícios" de que o diálogo sobre o futuro do último tratado restante de controle de armas continuará. O porta-voz Dmitry Peskov também acusou Washington de destruir a estrutura legal sobre controle de armas e segurança.

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Também nesta quarta-feira, o embaixador russo nos EUA, Anatoly Antonov, disse que a Rússia continua comprometida com o Novo START e planeja continuar cumprindo o tratado.

"Temos repetidamente apontado a Washington que a situação em torno do Novo START é um resultado direto da guerra híbrida desencadeada pelo Ocidente contra nosso país. Alertamos que o controle de armas não pode ser isolado das realidades geopolíticas. Nas condições atuais, nós consideramos injustificado, prematuro e inapropriado convidar os militares dos EUA para nossas instalações estratégicas", disse Antonov à agência Sputnik.

"Ao mesmo tempo, a Rússia continua comprometida com os objetivos do Novo START e continua a considerá-lo uma ferramenta útil no campo da estabilidade estratégica e garantia de previsibilidade nas relações entre as principais potências nucleares. Pretendemos continuar cumprindo as restrições centrais do Tratado, para continuar a troca de notificações e dados relevantes. A responsabilidade pela escalada da situação em torno do Novo START é inteiramente de Washington", afirmou.

Antonov disse ainda que, sem uma revisão por parte dos EUA da política para derrotar a Rússia em termos estratégicos, nenhum progresso no controle de armas é possível.

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O Novo START entrou em vigor em 2011 e foi prorrogado em 2021 por mais cinco anos. Ele limita o número de ogivas nucleares estratégicas que os EUA e a Rússia podem implantar, bem como a implantação de mísseis e bombardeiros terrestres e submarinos para lançá-los. 

As duas potências, que durante a Guerra Fria foram limitadas por um emaranhado de acordos de controle de armas, ainda representam juntas cerca de 90% das ogivas nucleares do mundo.

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Moscou suspendeu em agosto do ano passado a cooperação com as inspeções sob o tratado, em resposta às sanções impostas por Washington e seus aliados ocidentais depois que as forças russas invadiram a Ucrânia em fevereiro daquele ano. No entanto, Moscou sempre reiterou que ainda estava comprometida em cumprir as disposições do tratado. (Com agências). 

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