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    EUA fazem piada com a diplomacia

    Política é política. Nesse mundo sujo, líderes autoritários como Putin ou Correa tornam-se "defensores dos Direitos Humanos"

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    A diplomacia americana passa por um momento delicado. Depois de inúmeras trapalhadas em casos como Afeganistão, Iraque e Líbia (só para citar alguns), a Inteligência precisa enfrentar o ex-agente da CIA, Edward Snowden, e seus "protetores".

    Para quem não se lembra, Snowden foi o rapaz que fez um dos maiores vazamentos de dados da história. Escancarou a política de grampos do governo Obama, que pouco fez até agora para limpar sua imagem.

    Snowden fugiu para Hong Kong e desde domingo tem status de "desaparecido". Parecia que o sujeito havia sumido do planeta.

    Depois de muito custo, e "indiretas" da Casa Branca, o presidente da Rússia, Vladimir Putin, admitiu que o homem (que completou recentemente 30 anos), está em uma "área de trânsito" do aeroporto internacional de Moscou.

    Os boatos indicavam que Snowden seguiria a seguinte rota bolivariana: após Moscou, Havana, Caracas e finalmente Quito. Por incrível que pareça, Rafael Correa concedeu asilo diplomático ao hacker. Exatamente como fez com Julian Assange. No último caso, só falta combinar com os britânicos para o mentor do Wikileaks se instalar definitivamente na América do Sul.

    Voltando a Snowden, vale a pena citar o artigo de Simon Tisdall, editor-assistente do excelente Guardian (jornal que publicou as primeiras denúncias do refugiado), no site da CNN.

    Tisdall não acredita como a política externa americana pode cobrar certos comportamentos de outras nações. "É como se a lei da Casa Branca valesse para todo mundo. Isso seria como entrar numa casa sem a devida autorização".

    Será que os EUA entregariam "inimigos" de países como China, Rússia ou Equador? E os Direitos Humanos, matéria em que o governo americano é um feroz defensor? Política é política. Infelizmente, na maioria dos casos, o golpe é abaixo da linha da cintura.

    Outro ponto: países liberais, como França e Alemanha, não se conformam com o grau avançado da espionagem by Obama. Tanto que no último encontro do moribundo G8, a chanceler Angela Merkel, com toda classe, deu um puxão de orelhas no líder democrata.

    Política é política. Nesse mundo sujo, líderes autoritários como Putin ou Correa tornam-se "defensores dos Direitos Humanos".

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