EUA pressionam Vaticano a ser duro com Putin
Em fevereiro, quando o papa se referiu ao conflito na Ucrânia como uma "guerra entre cristãos" sem criticar Moscou, a Igreja Ortodoxa Russa elogiou seu pronunciamento, dizendo que foi uma abordagem equilibrada; mas o Vaticano teve de fazer um esclarecimento depois
Por Philip Pullella
ROMA (Reuters) - Os Estados Unidos pediram ao Vaticano nesta quarta-feira que critique com mais força o envolvimento da Rússia no conflito na Ucrânia, horas antes de o papa Francisco se reunir com o presidente russo, Vladimir Putin.
"Parece de fato que a Rússia apóia os insurgentes e parece que há tropas russas dentro da Ucrânia", disse Ken Hackett, o embaixador dos EUA no Vaticano.
"Talvez esta seja uma oportunidade para o Santo Padre levantar preocupações, em particular. Certamente o papa Francisco está sendo informado sobre o que está acontecendo no leste da Ucrânia ... por isso, ele não desconhece o assunto", disse Hackett.
Em fevereiro, quando o papa se referiu ao conflito na Ucrânia como uma "guerra entre cristãos" sem criticar Moscou, a Igreja Ortodoxa Russa elogiou seu pronunciamento, dizendo que foi uma abordagem equilibrada.
Mas o Vaticano teve de fazer um esclarecimento depois que um bispo católico ucraniano definiu as palavras do papa como "particularmente dolorosas" para todos os ucranianos.
Os países ocidentais, a Ucrânia e a Otan dizem haver evidências de que a Rússia está enviando tropas e armas para os rebeldes no leste da Ucrânia, embora o governo russo negue com veemência essas acusações.
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