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EUA sabiam do motim iminente do Grupo Wagner, admite diretor da CIA

"O presidente Biden foi sucinto ao dizer que sabíamos de antemão. Não vou entrar em mais detalhes", afirmou William Burns

William Burns (Foto: Reuters/Tom Brenner/Pool)

Sputnik - Os Estados Unidos sabiam que o líder do Grupo Wagner, Yevgeny Prigozhin, estava preparando uma sublevação, afirmou o diretor da Agência Central de Inteligência (CIA, na sigla em inglês), William Burns, falando na quinta-feira (20) no Fórum de Segurança de Aspen, no Colorado.

"O presidente [dos EUA Joe] Biden foi sucinto ao dizer que sabíamos de antemão. Não vou entrar em mais detalhes", disse Burns, respondendo à pergunta se a inteligência americana tinha informações sobre os preparativos para o motim.

Além disso, segundo Burns, que foi embaixador dos EUA em Moscou, a rebelião de Prigozhin foi o episódio "mais emocionante" na história da Rússia que ele testemunhou nas últimas três décadas.

Anteriormente, o presidente Joe Biden, questionado sobre o motim, respondeu em sua habitual maneira confusa, o que tornou impossível discernir se ele sabia de antemão sobre os acontecimentos na Rússia ou se eles o surpreenderam.

Na noite de 24 de junho, na cidade russa de Rostov-no-Don, a sede do Distrito Militar do Sul foi tomada pelas forças e equipamentos do Grupo Wagner.

Isso aconteceu após as declarações de Yevgeny Prigozhin sobre os supostos ataques das Forças Armadas russas contra os campos do Grupo Wagner, tendo tanto o Ministério da Defesa da Rússia quanto o Serviço Federal de Segurança (FSB) da Rússia negado isso.

A rebelião armada foi interrompida graças às difíceis negociações que o líder belarusso Aleksandr Lukashenko conduziu durante todo o sábado, em acordo com Vladimir Putin.

Como resultado, Prigozhin concordou em ir para Belarus, alguns dos combatentes que não participaram da rebelião se ofereceram para assinar um contrato com o Ministério da Defesa e o resto do Grupo Wagner não será perseguid