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Europa tem castigo duro por mudanças climáticas

Frio nunca foi to intenso; mais de 480 pessoas j morreram. Aeroportos, escolas e o comrcio no conseguem operar normalmente. Especialistas dizem que investimentos poderiam ter minimizado o caos

Europa tem castigo duro por mudanças climáticas (Foto: Bogdan Cristel/REUTERS )
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Roberta Namour – correspondente do 247 em Paris – Pela segunda semana consecutiva, a o frio glacial, as fortes nevascas e rajadas de vento continuam a fazer vítimas pela Europa. Até o momento, o número já chegou a 480 mortos, a maioria no leste do continente. O Velho Continente é castigado por um inverno atípico, com temperaturas recordes. A Rússia registrou essa semana -50°C.

O país mais afetado até o momento é a Ucrânia, onde mais de 136 pessoas morreram. Mas os transtornos causados pelo frio são semelhantes em todos os países. O exército saiu às ruas na Bulgária e outras nações do Leste para atender as populações isoladas pela neve. Roma decretou estado de emergência após um black-out de energia. No sul da França, as tubulações congelaram e os moradores estão há dias sem água. O governo tem distribuído garrafas de porta em porta.

Nas regiões mais afetadas pela neve, as escolas e creches estão funcionando parcialmente. Alguns professores não conseguem chegar ao local porque estradas estão bloqueadas e o sistema de calefação das instituições não tem conseguido manter a temperatura interna quente o suficiente para receber as crianças. Aeroportos e o sistema ferroviário continuam com perturbações, atrasando os embarques e desembarques.

De fato, a França tem sofrido com os efeitos das mudanças climáticas, mas só isso não justifica o número recorde de mortes no inverno deste ano. Para Eric Canobbio,

geógrafo da Universidade de Paris VIII e especialista do Extremo Norte, o problema é essencialmente econômico: "Na França, há um problema de investimento em equipamento específico. É óbvio que custa mais barato para o aeroporto de Toulouse fechar quase metade de um dia do que investir em produtos para descongelar as asas dos aviões. No extremo norte do Canadá ou na Rússia, tudo isso é planejado com antecedência, porque as autoridades sabem que é um fenômeno recorrente".

As temperaturas glaciais devem continuar nos próximos dias.

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