Europeus não se aliam aos EUA sobre ataque a petroleiros no Oriente Médio
Países europeus defenderam a cautela nesta segunda-feira (17) no momento de atribuir a culpa dos ataques a petroleiros no Golfo, não adotando a avaliação de Washington de que o Irã está por trás dos incidentes
AFP - Países europeus defenderam a cautela nesta segunda-feira (17) no momento de atribuir a culpa dos ataques a petroleiros no Golfo, não adotando a avaliação de Washington de que o Irã está por trás dos incidentes.
"Conhecemos as descobertas do serviço de inteligência dos Estados Unidos e Reino Unido. Estamos comparando com nossas informações. Acredito que temos que proceder com muito, muito cuidado", disse o ministro das Relações Exteriores da Alemanha, Heiko Maas.
O alemão fez a declaração antes de uma reunião em Luxemburgo com seus colegas europeus. O chanceler finlandês Pekka Haavisto pediu "todas as provas" antes de chegar a uma conclusão.
Além dos Estados Unidos e do Reino Unido, a Arábia Saudita, maior exportador de petróleo do mundo, acusou o Irã pelos ataques que atingiram dois petroleiros no Mar de Omã na quinta-feira.
O Irã, grande rival regional da Arábia Saudita, negou envolvimento nos ataques perto do estreito de Ormuz, por onde passa um terço do petróleo transportado por mar, que provocaram a disparada do preço do combustível.
O chanceler de Luxemburgo, Jean Asselborn, apoiou a posição do secretário-geral da ONU, António Guterres, de solicitar uma investigação independente, pois "a tarefa principal dos chanceleres é evitar a guerra".
"Estou convencido, como há 16 anos, que não se deve cometer o erro de acreditar que podemos resolver um problema no Oriente Médio com armas", completou Asselborn em referência à guerra do Iraque iniciada em 2003.
A UE tenta salvar o acordo nuclear iraniano, ameaçado pela saída de Washington do mesmo e a decisão do presidente americano, Donald Trump, de retomar as sanções contra Teerã.
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