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      Ex-chefe do FMI é acusado por esquema de prostituição

      Dominique Strauss-Kahn foi colocado em controle judicial por suspeita de "cumplicidade com proxenetismo agravado em grupo organizado", no caso Carlton, em Lille

      Ex-chefe do FMI é acusado por esquema de prostituição (Foto: Gonzalo Fuentes/REUTERS)
      Roberta Namour avatar
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      Roberta Namour – correspondente do 247 em Paris - O ex-chefe do FMI Dominique Strauss-Kahn foi formalmente acusado nesta segunda-feira por três juízes de participar de um esquema de prostituição na cidade de Lille, no norte da França, no caso Carlton.

      Socialista favorito à presidência da França, ele viu sua vida política desmoronar com a acusação de tentativa de estupro de uma camareira no hotel Softel, em Nova York. Perdeu o cargo no FMI e foi substituído por François Hollande nas eleições. A ação criminal foi rejeitada, porque os promotores consideraram o testemunho da funcionária não confiável/ Mas na quarta-feira, seus advogados o representarão em um tribunal do Bronx em uma ação civil aberta contra ele pela funcionária do hotel. DSK também reconheceu uma tentativa de agrassão à jornalista Tristane Banon, na França. O caso não foi levado a diante por ter passado do tempo- os fatos aconteceram em 2003.

      Agora, no recente caso de envolvimento num esquema de prostituição em Lille, Strauss-Kahn foi colocado em controle judicial com proibição de entrar em contato com os acusados, as partes civis, as testemunhas e qualquer veículo de imprensa relacionado aos objetos do procedimento, segundo o promotor. Os juízes de instrução pediram para que o ex-chefe do FMI depositasse "um cheque-caução de 100.000 euros", completou.

      Os juízes do caso Carlton de Lille tentam determinar se Strauss-Kahn sabia que se tratavam de prostitutas as participantes das festas libertidas das quais participou. O ex-chefe do FMI nega o conhecimento. As viagens de mulheres que participavam dessas festas foram organizadas e financiadas por dois empresários franceses, Fabrice Paszkowski, diretor de uma empresa de equipamentos médicos, e David Roquet, ex-diretor de uma filial do grupo de obras públicas Eiffage.

      Várias mensagens trocadas pelo antigo diretor do FMI e Fabrice Paszkowski comprovam a ligação entre eles. Os primeiros SMS divulgados falam de encontros com mulheres em vários países da Europa. "Vou levar uma garota para Viena na quinta-feira, 14 de Maio. Quer ir com uma jovem?", diz a mensagem que Strauss-Kahn enviou ao amigo em 2009. Dias depois, perguntou a Fabrice Paszkowski se este reservou uma suíte com piscina.

      Há um mês, ao final de dois dias de prisão para investigação, Strauss-Kahn recebeu uma convocação dos juízes, no sentido de que podiam acusá-lo de "cumplicidade com proxenetismo agravado em grupo organizado" e "ocultamento de abuso de bens sociales".

      Seus advogados vão recorrer da decisão.

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