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      Ex-FMI diz que US$ 30 bi pode ser pouco para salvar Argentina

      Alberto Ramos, analista para América Latina do banco Goldman Sachs, avalia que a decisão do governo Maurício Macri de pedir um empréstimo ao Fundo Monetário Internacional (FMI) foi ‘muito audaz’ e ‘aprovada pelo mercado’; ex-economista sênior do FMI em assuntos da Argentina, Brasil e Turquia, ele diz que US$30 bilhões solicitados pelo governo argentino é uma “cifra razoável”, mas que 50 ou 60 bilhões “dariam mais conforto ao mercado”

      Alberto Ramos, analista para América Latina do banco Goldman Sachs, avalia que a decisão do governo Maurício Macri de pedir um empréstimo ao Fundo Monetário Internacional (FMI) foi ‘muito audaz’ e ‘aprovada pelo mercado’; ex-economista sênior do FMI em assuntos da Argentina, Brasil e Turquia, ele diz que US$30 bilhões solicitados pelo governo argentino é uma “cifra razoável”, mas que 50 ou 60 bilhões “dariam mais conforto ao mercado” (Foto: Leonardo Lucena)
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      247 - Alberto Ramos, analista para América Latina do banco Goldman Sachs, avalia que a decisão do governo Maurício Macri de solicitar um empréstimo ao Fundo Monetário Internacional (FMI) foi ‘muito audaz’ e ‘aprovada pelo mercado’, informa Paula Lugones, no jornal Clarin, de Buenos Aires.

      Agora executivo de Wall Street, Ramos foi no passado economista sênior do FMI em assuntos da Argentina, Brasil e Turquia. Segundo ele, US$ 30 bilhões que o governo argentino estaria pedindo é uma “cifra razoável”, mas que 50 ou 60 bilhões “dariam mais conforto ao mercado”.

      O governo Macri aumentou os juros para conter a inflação. Se um cidadão compra um título de R$ 100 do governo, posteriormente receberá R$ 140 de reembolso, caso a taxa de juros esteja em 40%  - neste caso, o governo reembolsaria R$ 140, que é a soma dos R$ 100 do valor do título mais R$ 40 (40% de 100). Quanto maior for a taxa de juros maior será o reembolso do governo para quem comprar títulos na Argentina. A ideia é atrair mais investidores e aumentar a entrada de dólar no mercado (boa parte dos argentinos mantêm suas economias em dólar).

      Se há maior quantidade da moeda americana em um determinado mercado, o preço do dólar tende a cair. Como consequência, a tendência é conter a inflação, pois boa parte do insumos para a indústria argentina são importados, assim como no Brasil. 

      A decisão de subir a taxa de juros na Argentina também foi provocada pela subida dos juros nos Estados Unidos. Se os juros de lá sobem, aumentam os reembolsos para quem comprar títulos dos americanos, que podem ser pessoas da lá - argentinos, por exemplo, mesmo no seu país de origem podem comprar títulos americanos. Então, o governo Macri subiu os juros para atrair investidores. 

      Mas os efeitos não devem vir a curto prazo. Como consequência das incertezas econômicas, o governo argentino recorreu ao FMI.

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