Ex-premiê italiano Renzi deixa liderança partidária e descarta acordos para formar governo
O ex-primeiro-ministro italiano Matteo Renzi renunciou nesta segunda-feira à liderança do Partido Democrático (PD), de centro-esquerda, após uma contundente derrota eleitoral, mas garantiu que seu partido não irá fechar acordos com partidos anti-establishment que eleitores preferiram; o PD teve cerca de 19% dos votos na eleição de domingo, seu pior resultado desde sua criação, em 2007, apesar de ter presidido uma modesta recuperação na terceira maior economia da zona do euro
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ROMA (Reuters) - O ex-primeiro-ministro italiano Matteo Renzi renunciou nesta segunda-feira à liderança do Partido Democrático (PD), de centro-esquerda, após uma contundente derrota eleitoral, mas garantiu que seu partido não irá fechar acordos com partidos anti-establishment que eleitores preferiram.
O PD teve cerca de 19 por cento dos votos na eleição de domingo, seu pior resultado desde sua criação, em 2007, apesar de ter presidido uma modesta recuperação na terceira maior economia da zona do euro.
Derrotado pelo anti-establishment Movimento 5 Estrelas e uma coalizão de centro-direita dominada pela eurocética Liga, Renzi reconheceu a derrota na sede do PD em Roma.
“É óbvio que eu irei deixar o leme do PD”, disse Renzi, que renunciou como primeiro-ministro quando italianos votaram contra ele em um referendo de 2016 sobre reforma constitucional, mas retornou como líder do PD.
Ele disse que não irá renunciar até que um governo seja formado, e que no meio tempo seu partido irá se esquivar de conversas de coalizão, que serão necessárias à medida que nenhum partido ou aliança conseguiu votos suficientes para uma maioria.
“O povo italiano nos pediu para estarmos na oposição e é para onde nós iremos”, disse Renzi. “Nós nunca iremos formar um governo com forças antissistema.”
Isto foi uma referência ao 5 Estrelas e Liga, conforme investidores se desfaziam de títulos do governo italiano.
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