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Exercícios militares conjuntos mostram criação de nova aliança entre Rússia e China

Na terça-feira (11), a Rússia e a China iniciaram exercícios militares conjuntos. Simultaneamente, os presidentes de ambos os países se reuniram à margem do Fórum Econômico Oriental para discutir a cooperação militar e comercial. Segundo o analista Mark Sleboda, forma-se uma nova aliança no Oriente

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247, com Sputnik - Na terça-feira (11), a Rússia e a China iniciaram exercícios militares conjuntos. Simultaneamente, os presidentes de ambos os países se reuniram à margem do Fórum Econômico Oriental para discutir a cooperação militar e comercial. Segundo o analista Mark Sleboda, forma-se uma nova aliança no Oriente.

Mais de 300.000 militares, 36.000 tanques, 1.000 aviões e 80 navios de guerra e navios de apoio participam das manobras Vostok 2018, que transcorrem em cinco campos de treinamento militar e nas águas do mar do Japão (também conhecido como mar do Leste). Aproximadamente 3.200 efetivos do Exército de Libertação do Povo da China (ELP) se unirão aos exercícios, segundo a agência Al-Jazeera.

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O início dos exercícios coincidiu com o encontro em Vladivostok entre o presidente chinês, Xi Jinping, e o presidente russo, Vladimir Putin, realizado em meio às crescentes tensões em torno da guerra comercial entre os EUA e a China e as sanções impostas à Rússia.

O analista de relações internacionais e segurança Mark Sleboda disse à Sputnik Internacional que os exercícios militares Vostok 2018 são os maiores já realizados pela Rússia, desde os tempos da União Soviética, e sublinhou que as relações entre os dois países estão cada vez mais estreitas.

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"Isso se refere às relações militares, políticas, econômicas e até culturais, e, na verdade, [os exercícios Vostok 2018] não são apenas os maiores exercícios militares desde o colapso da URSS. São os maiores exercícios militares que a Rússia (incluindo a época soviética) já realizou", disse ele.

"A Rússia e a China mostram mais uma vez que essa parceria estratégica militar, política e econômica torna-se uma aliança", enfatizou o analista, acrescentando que as ações hostis dos EUA contra ambos os países estão contribuindo para o desenvolvimento das relações sino-russas.

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"Os EUA estão empurrando a China economicamente, militarmente e politicamente, através de uma guerra comercial, tarifas, sanções e faz o mesmo com a Rússia", explicou Sleboda. "[Washington] está fazendo todo o possível para realizar o pior pesadelo geopolítico".

O cientista político russo Fyodor Lukyanov, diretor da revista 'Rússia na Política Global', disse à Al-Jazeera que a aproximação entre a China e a Rússia é uma resposta direta às ações dos EUA.

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"Claramente, podemos ver uma aproximação crescente entre Rússia e China por causa da posição dura dos EUA em relação a ambos os países. Nesse sentido, podemos dizer que [o presidente dos EUA] Donald Trump é o principal patrono das relações mais estreitas russo-chinesas", afirmou.

Após as conversações com Xi Jinping, Putin disse aos jornalistas que a Rússia e a China continuarão defendendo o uso das moedas nacionais nas transações bilaterais, afirmando que tal medida iria ajudar a "aumentar a estabilidade dos serviços bancários na exportação e importação, em meio aos riscos contínuos nos mercados globais".

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Os treinamentos Vostok 2018 vão coincidir com as manobras Rapid Trident 2018 da OTAN na Ucrânia, que devem terminar em 15 de Setembro.

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