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Farc oficializa fim definitivo de conflito armado na Colômbia

Rodrigo Londoño, conhecido como "Timochenko", omais alto comandante das Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farc) ordenou que todos os combatentes suspendam ações ofensivas contra a população civil e as Forças Armadas; "Em minha condição de Comandante do Estado-Maior Central das Farc-EP, ordeno a todos os nossos controles, todas as nossas unidades, todas os nossos e nossas combatentes, a cessar fogo e todas as hostilidades, de maneira definitiva, contra o Estado colombiano", disse; confronto deixou 220 mil mortos em mais de meio século

30/07/2010 Columna guerrillera de las FARC. El exmagistrado y actual asesor del Tribunal Penal Internacional de La Haya Baltasar Garzón ha considerado imprescindible para lograr la Paz en Colombia que haya "una declaración de culpabilidad" contra las F (Foto: Paulo Emílio)

Reuters - O mais alto comandante das Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farc) ordenou no domingo que todos os combatentes suspendam ações ofensivas contra a população civil e as Forças Armadas, em uma decisão que marca o fim do conflito armado e o início oficial do cessar-fogo bilateral firmado com o governo.

A ordem de Rodrigo Londoño, conhecido como "Timochenko" e número um das Farc, foi dada após o grupo rebelde concluir uma histórica negociação em Cuba de quase quatro anos com o governo do presidente Juan Manuel Santos para acabar com o confronto que deixou 220 mil mortos em mais de meio século.

"Em minha condição de Comandante do Estado-Maior Central das Farc-EP, ordeno a todos os nossos controles, todas as nossas unidades, todas os nossos e nossas combatentes, a cessar fogo e todas as hostilidades, de maneira definitiva, contra o Estado colombiano, a partir das 24h da noite de hoje", disse Londoño em Havana.

Anteriormente, o presidente Santos também havia ordenado que as forças militares cessassem ações ofensivas contra as Farc a partir do primeiro minuto desta segunda-feira, oficializando um acordo bilateral e definitivo assinado em 23 de junho.

"As rivalidades e rancores ficam no passado. Hoje, mais do que nunca, lamentamos tantas mortes e dores ocasionadas pela guerra. Hoje, mais do que nunca, queremos abraçá-los como compatriotas e começar a trabalhar juntos por uma nova Colômbia", disse Londoño.