Foro de São Paulo termina em Caracas pedindo paz e libertação de Lula
Preservar a paz na Venezuela e na região da América Latina e Caribe constitui hoje uma prioridade para os partidos e organizações políticas e sociais integrantes do Foro de São Paulo reunidos de 25 a 28 de julho, diz a Declaração Final aprovada no encerramento do 25º Encontro em Caracas, neste domingo, que também conclama à libertação do ex-presidente Lula
Prensa Latina - Preservar a paz na Venezuela e na região da América Latina e Caribe constitui hoje uma prioridade para os partidos e organizações políticas e sociais integrantes do Foro de São Paulo reunidos de 25 a 28 de julho, diz a Declaração Final aprovada no encerramento do 25º Encontro em Caracas, neste domingo, que também faz uma conclamação pela libertação do ex-presidente brasileiro Luiz Inácio Lula da Silva.
A Declaração Final da 25ª reunião anual do Foro de São Paulo faz um apelo à promoção da solidariedade com a defesa da soberania e a autodeterminação do povo venezuelano.
O documento expressou o apoio ao diálogo entre o governo bolivariano e a oposição, por ser uma "expressão genuína da democracia e das liberdades" existentes no país; rechaçou as ameaças de intervenção militar, as sanções econômicas e o cerco diplomático implementado pelos Estados Unidos contra a nação sul-americana.
A demanda do fim incondicional, total e definitivo do bloqueio econômico, comercial e financeiro de Washington contra Cuba, e a devolução ao país caribenho do território ocupado ilegalmente pela Base Naval de Guantánamo, marcaram também a Declaração Final do Foro de São Paulo.
Os partidos, organizações políticas e movimentos sociais reunidos em Caracas propugnaram reforçar a defesa da Proclamação da América Latina e Caribe como zona de paz, aprovada na Segunda Cúpula da Comunidade de Estados Latino-americanos e Caribenhos (Celac) em Havana.
Consideraram como urgente e vital "defender a Celac como maior acontecimento unitário dos últimos 200 años, e semear a ideia da integração de nosos povos".
Igualmente, chamaram a repudiar a perigosa presença militar dos Estados Unidos e seus aliados da Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan) no Caribe, com fins claramente agressivos e de pressão sobre as nações da região.
O Foro de São Paulo denunciou o papel intervencionista da Organização dos Estados Americanos a serviço dos Estados Unidos, e condenou a guerra não convencional aplicada pela Casa Branca contra os governos opostos a suas ordens e interesses.
Nesse sentido, repudiou a intervenção de Washington nos assuntos internos da Nicarágua mediante sanções ecoômicas e "uma inaceitável tentativa de golpe de Estado, derrotada pelo povo nicaraguense, cujo direito à paz deve ser defendido por todos".
Condenou também o assassinato sistemático de líderes sociais na Colômbia, e exigiu que o governo de Iván Duque cumpra os acordos de paz assinados com as extintas Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia - Exército do Povo e o reinício dos diálogos com o Exército de Libertação Nacional.
Convocou a fortalecer o movimento de solidariedade para exigir a liberdade imediata do ex-presidente brasileiro Luiz Inácio Lula da Silva, "vítima de um abusivo, ilegal e indigno exercício do poder judiciário contra ele", sublinha a Declaração.
Igualmente, o Foro de São Paulo ratificou o respaldo ao povo hondurenho em sua luta em defesa de seus direitos, contra as políticas neoliberais e a corrupção, enquanto rechaçou a criminalização dos migrantes por parte dos Estados Unidos.
A Declaração Final também apoiou a demanda por independência de Porto Rico.
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