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França abre fogo na Costa do Marfim

Com autorizao da ONU, tropas bombardeiam palcio presidencial e fecham cerco a Lauren Gbagbo

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247 (com agências internacionais) – Os momentos do ex-presidente Lauren Gbagbo, na Costa do Marfim, parecem estar contados. Derrotado na eleição presidencial de novembro, mas recusando-se a deixar o poder, ele viu o palácio do governo e sua residência na capital Abiyán serem atacados nesta segunda-feira 4 por helicópteros franceses sob o emblema da ONU. Com 12 mil cidadãos franceses no território marfinense, o presidente Nicolas Sarkozy informou em Paris que recebeu uma petição do secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon, para que a movimentação do aparato militar e das tropas formadas pelos “capacetes azuis” fosse iniciada em defesa da população civil. O secretário-geral se apoiou na resolução 1975, aprovada em 30 de março, que permite às tropas das Nações Unidas entrarem em ação na proteção de civis.

Na Costa do Marfim, a quase totalidade das tropas de paz da ONU é formada por militares franceses. Sarkozy esclareceu no Palácio do Eliseu que dera ordens para os homens responderem ao fogo pesado da artilharia ligada ao ex-presidente marfinense. Helicópteros franceses, segundo agências noticiosas do país, dispararam mísseis ao longo do dia contra as posições de Gbagbo no palácio presidencial e na residência, onde ele parece estar escondido.

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A decisão de Sarkozy coincidiu com o anúncio de que vários hóspedes do Novotel, em Abiyán, foram seqüestrados por homens ligados ao regime. Dois dos seqüestrados, segundo o Ministério de Assuntos Exteriores da França, são cidadãos do país. A cena do seqüestro coletivo teria sido presenciada por blindados da ONU, que não puderam intervir à medida em que, àquela altura, não tinham autorização para operar.

Enquanto isso, os militares fieis ao presidente eleito, Alassane Quattara, asseguram que estão desenvolvendo a ofensiva final sobre os soldados do ex-presidente. As tropas de Quattara são estimadas em cerca de 5 mil homens, todos fortemente armados. Elas contam com veículos blindados das Forças Republicanas da Costa do Marfim e dos rebeldes do grupamento chamado Forças Novas. Um comandante leal a Quattara estimou em 48 horas, a partir da segunda 4, o tempo para ocupar toda a capital e prender ou matar Gbagbo. O presidente eleito se comprometeu a, uma vez no poder, não deixar impune o massacre de civis denunciado no domingo 3 pela ONU, ocorrido em Duékué, no oeste do país. Estima-se que 330 pessoas tenham sido sacrificadas, mas entidades internacionais de direitos humanos acreditam que esse número possa aumentar bastante.

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