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França: Assembleia Nacional rejeita voto de desconfiança ao governo Macron sobre reforma previdenciária

"Uma maioria absoluta de 287 votos não foi alcançada, então o voto de desconfiança foi rejeitado", anunciou Yael Braun-Pivet, presidente da Assembleia Nacional Francesa

Trabalhadores franceses da gigante petrolífera francesa TotalEnergies participam de uma manifestação contra o plano de reforma do governo francês em Saint-Nazaire, como parte do sexto dia de greve e protestos nacionais, em Saint-Nazaire, França - (Foto: Reuters)

(Sputnik) - A Assembleia Nacional Francesa rejeitou nesta segunda-feira (20) um voto de desconfiança ao governo, apresentado pelo grupo de oposição LIOT por causa da reforma previdenciária que causou tumultos em todo o país.

  Mais cedo, os centristas e ex-macronistas, integrantes da facção LIOT na câmara baixa do parlamento francês, apresentaram um voto de desconfiança ao governo da primeira-ministra Elisabeth Borne sobre a reforma previdenciária.

  Nesta segunda-feira (20), a Assembleia Nacional francesa começou a votar um voto de desconfiança.

  "Uma maioria absoluta de 287 votos não foi alcançada, então o voto de desconfiança foi rejeitado", anunciou Yael Braun-Pivet, presidente da Assembleia Nacional Francesa, após a votação.

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  Ela acrescentou que 278 legisladores apoiaram o voto de desconfiança e apenas nove foram contra.

  Na quinta-feira, Borne usou o artigo 49.3 da constituição francesa para aprovar um projeto de lei para aumentar a idade de aposentadoria do país sem votação no parlamento. Essa medida causou uma onda de indignação entre os legisladores, que anunciaram o "fim da democracia".

  De acordo com a lei francesa, se o governo recorrer ao artigo 49.3 da constituição, a oposição tem o direito de anunciar um voto de desconfiança em 24 horas. Se a maioria parlamentar o apoiar, o primeiro-ministro e o gabinete terão que renunciar. Se a oposição não declarar voto de desconfiança, a lei será considerada aprovada.